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E diziam exactamente onde ella estivera e de que infectos paues se levantára com azas de ouro aquella borboleta sahida de tão feio casulo! Relatavam-se os pormenores da sua desgraçada vida, encareciam-se, como se fosse preciso, as deshonestidades... e visitavam-na.

Fanaticos, ouvi as coisas que eu vos digo: Dentro d'essa prisão cruel do dogma antigo A consciencia não póde estar paralisada, Como n'um velho catre uma velha entrevada. Tudo se modifica e tudo se renova: Da escura podridão nojenta de uma cova Sae uma flôr vermelha a rir alegremente. A ideia tambem muda a pel' como a serpente. O que era hontem grão é hoje a seara immensa. A Verdade sahiu d'esse casulo a Crença, Assim como sahiu do velho o mundo novo. Recolher outra vez a aguia no seu ovo

Mas depois, certo dia, o homem , absôrto, Que o sepulcro é aberto e não encerra o morto! JUDAS tomado de vago terror: Justos ceus! MARIA animando-se: Has de vêr, com a tua alma inquieta, Saír do seu casúlo a enorme borboleta, Que n'esta hora talvez as palpebras descerra, Encher de luz o espaço e de pavôr a terra, Da grandeza de Deus ser vivo testemunho...

Não senhores, não vou, não foi para isso que ousadamente me saí do casulo da minha nullidade. Eu venho muito simplesmente manifestar a minha profundissima admiração, em face do borburinho espantoso que para ahi se está fazendo, por causa d'um livrinho tão precioso como o Portugal

As obras do homem são todas assim. A filha. Oh! mamã, vejamos agora as obras de Deus. A mãe. Sabes o que é isto? A filha. Sei, mamã, é um casulo de bicho de seda. A mãe. Os fiosinhos que o compõem são muito finos, muito lisos; olha pelo microscopio a ver se te parecem deseguaes. Não, mamã; os fios são todos eguaes, e o casulo é sempre muito liso, muito brilhante.

MARIA em tom profetico: Que dorme inanimado O insecto no casúlo; ao sepulcro sombrio Elle proprio deu forma, urdindo-o, fio a fio, Vagaroso, em silencio, estranho ao mundo vário, Como o trabalhador que não requer salário E que tem por fim realisar o plano De ha muito concebido. Em vão o olhar humano Procura descobrir o que existe no centro Do casúlo: o misterio é silencioso dentro.

A mulher portugueza, até esse momento crisalida do amor, rompe o casulo da sua intelligencia, da sua dignidade e do seu coração e entra a deslumbrar-nos com o resplendor do espirito e do sentimento, mais tarde revigorado por outras influencias derivadas em grande parte da exuberante erudição que veiu da Renascença. O seu vôo eleva-se, e no reinado de D. João II a mulher da côrte verseja e franqueia o seu entendimento a estudos profundos. A primeira verdadeiramente notavel, que se nos depara, é D. Filippa, filha do infante D. Pedro, trazendo pela mão sua sobrinha, a infanta D. Joanna, por ella educada e para quem traduziu do latim o Tratado da vida solitaria; tão culta, que escreveu notas politicas, cuja importancia resalta na Pratica ao Senado de Lisboa, quando se receavam tumultos na capital, e tão artista, que era a illuminadora das suas obras. Em seguida tres rainhas exercem uma acção decisiva no theatro portuguez: D. Beatriz, mãe de D. Manuel, D. Maria, sua mulher, e D. Leonor, viuva de D. João II.

Mão potente, que a rocha endurecida escarva, Tornando-a em fragil d'onde rebentam flores; Fada occulta que tece o casulo da larva E aos insectos iria as asas de esplendores... Beijo d'onde a traição como um veneno escorre; Riso que se desfaz num amargo travor; Larga estrada sem fim que a Ventura percorre, Como um cego a cantar pelo braço da Dor!

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