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Seguidamente foi instaurado a bordo da Trindade um processo, em que Alvaro de Mesquita formulou a accusação, sendo os alguazis e escrivães, que iam na esquadrilha, encarregados de fazerem o summario e inquerirem as testemunhas, o que tudo escripto deveria depois ser apresentado a El-rei, quando Magalhães regressasse a Castella, como prova justificativa do seu procedimento.

Porque o Papa por ventura aconselhado n'isso catholicamente, consirando como El-Rei D. Fernando com a Rainha D. Izabel sua mulher eram pacificos Reis de Castella, e El-Rei D. Affonso era n'elles em forças e poder mui desigual, houve por grande mal e perjuizo da christandade conceder a dita despensação, em caso que parecesse razão por ser direito conceder-se, por não dar com ella causa e titulo de uns e outros se guerrearem com mortes de christãos, e guerras continuas que se não escusavam, o que o Papa devia evitar especialmente; que ajuda d'El-Rei de França para El-Rei D. Affonso sempre em Roma se houve por mui duvidosa.

Sabedor do que se passava, desce a Portugal o rei de Castella com um exercito poderoso; mas pára deante de Lisboa fortificada.

E assi o aggravo e abatimento que n'isso recebia, fazendo-os participantes na injuria do caso pelos mais obrigar e acender para o que desejava, crendo ella que por serem retornados em Castella, logo teriam o poder onde tivessem a vontade, e que com seu receio em Portugal se não faria a cousa em que elles recebessem descontentamento.

Nos primeiros dias concorreu á Ameixoeira um negociante de sola, chamado Serges, de origem allemã, cujo avô, em tempo d'el-rei D. Manuel, se estabelecêra em Lisboa com privilegio de sapateiro. Serges era espião de Castella em Lisboa, onde, áquelle tempo, amealhava grossos haveres.

Bibliotheca de Classicos Portuguezes Proprietario e fundador Mello d'Azevedo Ruy de Pina ESCRIPTORIO 147 Rua dos Retrozeiros 147 LISBOA D'outra embaixada que ao Regente veiu d'El-Rei e do povo de Castella, sobre as mesmas cousas da Rainha, e da resposta que houveram, e como se entendeu em alguma concordia e contentamento da Rainha

Resultou da residencia de Colombo no convento da Rabida, que se lhe affeiçoou Perez, e este, que entretinha boas relações com o confessor da rainha Isabel de Castella, D. Fernando Talavera, animara Colombo a partir com cartas suas de recommendação, em que affirmava que seria gloria para Hespanha coadjuval-o na empreza do descobrimento das Indias, para que Portugal não monopolisasse a navegação e os louros de proveitosas conquistas ultramarinas.

E de Lisboa se foi El Rei a Montemor-o-Novo, onde esteve o verão, e no fim d'elle se foi a Evora durando ainda a guerra de Castella, que se continuava e fazia com muitas entradas e grandes cavalgadas.

No outro, tão velho e formoso, que estendia o braço, elle adivinhava Egas Ramires, negando acolhida no seu puro solar a El-Rei D. Fernando e á adultera Leonor! Esse, de crespa barba ruiva, que cantava sacudindo o pendão real de Castella, quem, senão Diogo Ramires, o Trovador, ainda na alegria da radiosa manhã d'Aljubarrota?

Partiu Colombo do convento da Rabida para Cordova, onde se achava então a rainha, D. Isabel de Castella, occupada em aprestar meios de guerrear os Arabes e Mouros de Granada. Para bem se comprehender a somma enorme de trabalhos e paciencia que Colombo empregou, mister é examinar a situação de Hespanha naquelle momento.