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Quando tinha cincoenta, acompanhou á India o vice-rei seu marido. A familia real foi despedil-os até á praia, alli mesmo áquella praia de Belem, onde, nove annos depois, se passou a horrenda carnagem. Foi em uma graciosa manhã da primavera de 1750, aos 28 de março.

D. Rosalia instara para que a seguissem; mas Carlota vencera a vontade condescendente de sua tia, com lagrimas e rogos para que não aceitasse asylo que não fosse o de outro mosteiro menos susceptivel de ser assaltado pelos francezes. O exercito invasor derramou-se pelo Porto, no cevo do saque e da carnagem.

Uma espécie de ferocidade emanava das coisas: a chuva fustigava as ramadas; a terra prendia os pés na lamacenta argila; o vaguear das feras nos moitedos era ameaça terrível; os lobos, em alcateia distante, começavam de seguir os orientais, na previsão de carnagem; as serpentes multiplicavam-se, sinistramente estendidas nos braços das árvores.

Segue o exemplo dos reis manda-nos pôr á venda. Torna mais dura e amarga a lenda da Miseria. Faze contractos vis para formar a Iberia debaixo de dous reis, n'um succulento almoço. Arroja o teu pudor, se acaso resta, a um poço. Lança o resto da honra ao nada da voragem. Erige a Força em Lei, e a Ordem em carnagem. Manda erguer uma forca e um poste a cada esquina.

No chapiteu da sua náu, o almirante e vice-rei contemplava a scena de carnagem, agora muda, e os destroços que boiavam com os cadaveres no mar tinto em sangue; e estava glorioso e contente no meio dos seus, que contavam com verbosidade os episodios, o que tinham feito, como se tinham saído, cada qual de seu lance... quando chegaram á borda, n'uma almadia, os prisioneiros forros, gritando alegres, a pedir que os recebessem.

O segundo era um negro e athletico selvagem com laivos de chacal no duro olhar sombrio, nostalgico da luz, das sombras, da paizagem, vasto como um deserto e fundo como um rio. Depois de uma feroz e insolita carnagem, sob os pés do Africano o gladiador caíu.

Não ha de, que, nas vesperas angustiosas de uma peleja, teu piedoso marido, refugiando-se dos cabos de guerra que tripudiam e blasphemam farejando o sangue da carnagem do dia seguinte, ergue as mãos ao Senhor, supplicando-lhe que acceite no regaço da sua misericordia, uma viuva desvalida, filhinhos desamparados, aos quaes a mão do vencedor não extenderá mão esmoler, seja qual fôr o triumphante.

Sobre o solio dos Affonsos Ferreo sceptro esmaga a lei: Ruge alli o despotismo Se não verga ao servilismo Quem lhe diz «Tu não és ReiNão és Rei! és uma affronta Feita ao povo portuguez! Não és Rei que não herdaste Este chão que escravisaste A quem falso Rei te fez! Vaga o anjo do exterminio Como inspiração do algoz! Corações com Vossa imagem, Oh meu Rei! são a carnagem Do punhal que fere atroz!

Estava como um lobo no meio de um rebanho de ovelhas. Não era uma batalha, era uma carnagem. Os fugidos nadavam n'um mar rubro de sangue, perseguidos pelas almadias em que os soldados matavam n'elles ás lançadas e cutiladas. Da amurada das náus os grumetes e pagens rasgavam-lhes o ventre com os croques, pondo pastas de visceras fluctuantes no mar de sangue.

Era seculo de trevas e de missionarios. Reinava D. João III, o inquisidor. Cada qual é do seu tempo. Se algum contemporaneo, como o bispo de Silves, protestou contra o fanatismo sanguinario, deve-se o protesto honroso a não ter ido o insigne escriptor. Se fosse, pegaria d'elle a contagião da carnagem, a peste d'aquelle ar infecto da sangueira, o colera que accendia sêdes de cubiça insaciavel.