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E servos da carriagem ficam guardando o Cavalleiro soberbo, o Claro-Sol que allumiava a casa de Bayão, agora entaipado entre dois caixotes de pau, com cordas nos pés, e cordas nas mãos, e n'ellas espetado um triste ramo de cardo emblema da sua traição.

Por que tu tens disperso em meu caminho O teu sorriso triste... ah! triste, e puro... E abrigarei depois... um odio escuro, Mais rude do que um cardo, ou que um espinho! E não mais, nada me ha de consolar!... Nem a Estrella da tarde mensageira, Nem o Amor, nem a flor da larangeira, Nem a sombria musica do Mar!... Ah! podesse eu, meu bem! o teu vestido Sentir roçar por mim eternamente!

Vê-se que Bento Moreno empregou n'este estudo o mesmo escrupulo de naturalista, a mesma indifferença de observador e de colleccionador, ao qual o sapo e a andorinha, a rosa ou o cardo, a borboleta multicôr ou a viscosa lagarta, interessam igualmente, e igualmente sollicitam e prendem!

Ah, tenho medo Que o Supremo Juiz Nos julgue assim tão cedo!... Não sei que voz m'o diz... Não sei... mas, se contemplo Os crimes que ahi vão, Mulher, aquelle exemplo Conturba o coração!... E assim n'outra parte Verão os olhos meus Os sonhos que reparte Commigo a mão de Deus!... O mundo onde abre o cardo E o lyrio ao mesmo sol; Onde ama o leopardo A par do rouxinol;

Ando a chorar convulsa noite e dia... E não tenho uma sombra fugidía Onde poise a cabeça, onde me deite! E nem flôr de lilaz tenho que enfeite A minha atroz, imensa nostalgia!... A minha pobre Mãe tão branca e fria Deu-me a beber a Magua no seu leite! Poeta, eu sou um cardo despresado, A urze que se pisa sob os pés. Sou, como tu, um riso desgraçado!

A estrela da alva tinha os últimos bocejos para fechar de todo a pálpebra cansada e adormecer no azul; e o oriente começava de animar-se de um alaranjado esplêndido decoração triunfal com que se orna aguardando a visita de quem tem de rolar pela eclíptica, alumiando o hemisfério e fecundando tudo o cardo que rasteja e o cedro que longe...

Mas os trilhos, arenosos e pedrentos, eram apenas habitados pelo cardo que esgalhava os ramos espinhosos, abertos em feridas, feios, disformes como aleijões. Não se ouvia cantar um passaro o gypaeto atravessava o espaço fulgurante ou grandes aguias hostis, pousadas no cabeço das penhas, devassavam os arredores buscando o que prear. Maria offegava seguindo o esposo.

O réo contesta, e diz: Que era verdade haver por andado; mas n'uma tal edade que não chegára nunca a ser ferrado. Que o tinham n'um cerrado onde brotava apenas a Saudade; constante era a estiagem; o ceu caliginoso; de lagrimas sómente a beberagem; por festa o cardo; espinhos por goso.

Principiou a viver ao acaso, pelos montes. Um dia achava-se defronte de um vallado, estacado ao sol sobre as suas quatro patas, inerte, immovel, olhando para um cardo secco com os seus grandes olhos redondos e encovados em orbitas esqueleticas, pensando nas vicissitudes da vida e procurando arrancar do seu cerebro, para se consolar, algumas idéas philosophicas.

Adornou o meu quarto a flor do cardo, Perfumei-o de almiscar recendente; Vesti-me com a purpura fulgente, Ensaiando meus cantos, como um bardo; Ungi as mãos e a face com o nardo Crescido nos jardins do Oriente, A receber com pompa, dignamente, Mysteriosa visita a quem aguardo. Mas que filha de reis, que anjo ou que fada Era essa que assim a mim descia, Do meu casebre á humida pousada?...

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