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Era tal o seu desejo de partir, ou para deixar a patria onde o perseguiam os desgostos, ou para ver se melhorava de fortuna e podia realisar as aspirações do seu coração, que trocou com outro homem d'armas, e embarcou na capitaina, que era a nau S. Bento.

O que foi assi feito, e a Azemala se desviou de um caminho para que a gente se mais inclinava, onde o Ifante soube depois em certo que Mouros o esperavam para o matar, e roubar, e da hi em diante em dezertos e montes porque passáram sempre déram a guia ás santas Reliquias, que com a graça de Deos levaram o Ifante, e os seus a salvamento atè Ceita, onde embarcando logo em uma nao, que o Divino favor lhe tinha prestes, e aparelhada para terra de Christãos, partiram, e navegaram logo com vento prospero, que em poucas horas, com grande escuridão se mudou o contrairo, e algumas outras naos que se acertaram em sua conserva, por uma respiração divina faziam daquella do Ifante Capitaina, por quem se regiam, e com a grande sarração que sobreveio temendo de ir á Costa se encomendaram devotamente aos rogos, e merecimentos dos Santos Martyres, cujas sagradas Reliquias levavam, para que em salvamento os guiassem, e logo supitamente derramada a escuridão, em que andavam, veo a grande claridade, e bonança, com que bem viram, e conheceram o caminho de sua perdição, que levavam, e desviados delle aportaram na Aljazira, daquem Despanha, e dahi a Tarifa, e logo a Sevilha, que era de Mouros, onde por os Christãos que ahi eram, o Ifante foi avizado, que logo se partisse, porque El-Rei de Sevilha o mandava prender.

22 Põe-se a Deusa com outras em direito Da proa capitaina, e ali fechando O caminho da barra, estão de jeito, Que em vão assopra o vento, a vela inchando. Põem no madeiro duro o brando peito, Para detrás a forte nau forçando; Outras em derredor levando-a estavam, E da barra inimiga a desviavam.

O egypcio, apesar de victorioso, temia o viso-rei; e fundeada a esquadra, dispozera que picassem as amarras os navios assim que fossem abalroados, dando á costa, e arrastando comsigo os portuguezes, sobre os quaes as lanchas e fustas dos indios cairiam então desapiedadamente. Mas o viso-rei, percebendo o ardil, mandou preparar as ancoras á pôpa, e os navios inimigos foram sosinhos varar na praia. Era 3 de fevereiro festa de S. Braz, pelo meio dia. A viração do mar soprava fresca pela pôpa dos navios portuguezes, quando a capitaina desfraldou o guião azul á prôa e, toda empavezada, no meio dos gritos de «Senhor Deus; misericordia! Santiagoao som das charangas de trombetas, soltou a primeira banda de artilheria. Um clamor immenso de vozes, de trompas, de tiros lhe respondeu, e a batalha generalisou-se com artilheria e arma branca, á abordagem. A confusão de gentes que alli combatiam era inextricavel; e os pavilhões da Cruz e do Crescente, erguidos nos mastros dos navios, abrigavam os sentimentos mais extravagantes, as crenças mais disparatadas.

O Portuegues aceita de vontade O que o ledo Monçaide lhe offerece Como ſe longa fora ja a amizade, Coelle come & bebe, & lhe obedeçe: Ambos ſe tornão logo da cidade, Pera a frota, que o Mouro bem conheçe, Sobem aa Capitaina, & toda a gente Monçaide recebeo benignamente.

Despois, lançando arpéus ousadamente Na capitaina imiga, dentro nela Saltando o fará com lança e espada De quatrocentos Mouros despejada. Em Chaúl, onde em sangue e resistência O mar todo com fogo e ferro ferve, Lhe farão que com vida se não saia As armadas de Egipto e de Cambaia.

Aſsi fogem os Mouros, & o Piloto, Que ao perigo grande as naos guiâra, Crendo que ſeu engano eſtaua noto, Tambem foge ſaltando na agoa amara: Mas por nam darem no penedo immoto, Onde percão a vida doçe, & cara: A ancora ſolta logo a capitaina, Qualquer das outras junto della amaina.

Mas, por não darem no penedo imoto, Onde percam a vida doce e cara, A âncora solta logo a capitaina, Qualquer das outras junto dela amaina.

Poem ſe a Deoſa com outras em dereito Da proa capitaina, & ali fechando, O caminho da barra estão de geito, Que em vão aſſopra o vento, a vella inchãdo: Poem no madeiro duro o brando peito, Pera detras a forte nao forçando. Outras em derredor leuandoa eſtauão, E da barra inimiga a deſuiauão.

Ia com deſejos o Idolatra ardia, De ver iſto, que o Mouro lhe contaua, Manda eſquipar bateis, que yr ver queria Os lenhos em que o Gama nauegaua. Ambos partem da praia, a quem ſeguia A Naira geraçam, que o mar coalhaua, Aa Capitaina ſobem forte & bella, Onde Paulo os recebe a bordo della.

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stuart

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