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Meia hora depois, Henrique banhado, enxugado e commodamente vestido, saboreava uma gorda gallinha de canja, sobre uma mesa coberta de toalha lavada, e na melhor louça da copeira. Elle que tinha sempre severidades de critica contra os mais afamados cozinheiros de Lisboa, estava achando deliciosa aquella comida primitiva, com que o regalava a tia.

Quando chegou a casa, em volta da mesa, a filha, o genro, os tres netinhos, todos a cantarem o hymno da carta: Tchim! Tchim!... Taratatchim! Taratatchim! Que bem que cheirava a canja! Aquella noite de Natal havia de ser falada! Meu avô tinha uma burrinha branca, que parecia um macho.

Mas aquelles patifes, de punhaes desembainhados, sanhudos, faziam esgares! E a desditosa amante do Principe, entre soluços e lagrimas, pensava: Que demonio tem hoje o D. Affonso? O rei via a canja, os olhinhos da gordura, o arroz muito branco... E arregalava o olho e abria a venta! Ah! que delicioso quadro!

Era então que o velho heroe do Salado, desgraçadinho, cheio de lagrimas na voz, com o coração dilacerado, deante do corpo inanimado da linda Inez, havia de soluçar altissimas philosophias sobre a vaidade das vaidades, o peso d'aquella corôa sobre as cans, d'aquelle sceptro nas mãos decrepitas. A canja, a canja! pensava elle.

Emquanto se tomou a canja, houve um silencio quasi geral, apenas interrompido pelos recados do padeiro á velha criada Mathilde ou pelos convites aos assistentes. O cangirão. Vai deitando. Começa aqui pelo sr. Prior. Mais uma colherinha de canja, tia Ignez?

Vem a gente a lêr no barco, a fumar, a conversar os marinheiros, a incital-os a que cantem ao desafio, a comer a sua canja e a beber a sua pinga! Nada nos apavora então!

Ah! sim, esse tambem estava... Pois quem trabalha para sustentar a alegria n'aquellas almas?... Santa familia! Que deliciosa ceia! Que paz tranquilla! Que boa noite de Natal! Tanto falava o cego na canja, rua fóra, pela mão do pequeno! Quem não tem olhos, tem melhor paladar.

Meu pae, necessita estar sosinho commigo e pede a todos que se retirem, responde Magdalena. A condessa levanta-se. Olympia e o conselheiro seguem-n'a. Este ultimo demora se no gabinete com sua futura sogra; Olympia aproveita a occasião de ir á copa tomar uma canja de gallinha. Sinto que me foge a vida, filha, disse o conde extendendo a mão para Magdalena.

Indo no barco atirou ao rio os restos do presunto, para evitar o cheravisco aduaneiro, e com o gallego do bahú veio a dar fundo nas Duas Nações, ante uma canja que tinha todo o ar de um soluto de caspa em agua de lavagens.

Conversavam os dois contentes. Eu ouvia bocadinhos do que diziam, palavras soltas, por onde, mais ou menos, reconstituia a conversação. Esperava-os em casa a mãe do pequeno, filha do cego. Os dois levavam fome. A mulher ficara em casa fazendo a ceia. E ao velho ouvi dizer, uma ou duas vezes, gulosamente: A canja. E o pequeno: Degráo, avôsinho.

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