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Pastores deste valle ameno e frio, Que de Tionio o caso desastrado Quereis nas altas serras que se conte; Hum tumulo, de flores adornado, Lhe edificai ao longo deste rio, Que a vela enfreie ao duro navegante: E o lasso caminhante, Vendo tamanha mágoa, Arraze os olhos d'ágoa, Lendo na pedra dura o verso escrito, Que diga assi: Memoria sou, que grito Para dar testimunho em toda parte Do mais gentil Esprito Que tirárão do mundo Amor e Marte.

Que Julio Cabral da Silva Maldonado Mendonça de Gouvêa, Moço fidalgo, bacharel formado, Filho da illustre Cêa, Ex-administrador d'este concelho, Commendador de Christo, Foi de virtudes singular espelho, Caminhante, crê n'isto.

Maiormente se deve ter este respeito nos amores, pois são tão sujeitos aos erros, que mais mal contado seria, ao caminhante rico, se fosse desprevenido pelo lugar que de ladrões é seguido, que por outro que o não fosse; porque n'este, se lhe acontecesse algum desastre, culparia a ventura; mas n'aquel'outro culparia a si, que são culpas mais graves de perdoar.

O Rei de Badajoz era alto Mouro, Com quatro mil cauallos furioſos, Innumeros piões, darmas & de curo Guarnecidos, guerreiros & luſtroſos: Mas qual no mes de Maio o brauo Touro Cos ciumes da vaca, arreceoſos, Sentindo gente o bruto, & cego amante Saltea o deſcuidado caminhante.

Canta o caminhante ledo No caminho trabalhoso Por entre o espêsso arvoredo; E de noite o temeroso Cantando refreia o medo. Canta o preso docemente, Os duros grilhões tocando; Canta o segador contente; E o trabalhador, cantando, O trabalho menos sente. Eu qu'estas cousas senti N'alma de mágoas tão cheia, Como dirá, respondi, Quem alheio está de si Doce canto em terra alheia?

Porque suspiras, porque te lamentas, Cobarde coração? Debalde intentas Oppor á Sorte a queixa do egoismo... Deixa aos timidos, deixa aos sonhadores A esperança van, seus vãos fulgores... Sabe tu encarar sereno o abysmo! Estava a Morte alli, em , diante, Sim, diante de mim, como serpente Que dormisse na estrada e de repente Se erguesse sob os pés do caminhante. Era de ver a funebre bacchante!

Pois, indaque eu me achasse apercebido, Não levais de vencer-me grande gloria, Eu a levo maior de ser vencido. Não passes, caminhante. Quem me chama? Quem he, que tão gentil louvor derrama? Quem derramar seu sangue não duvida, Por seguir a bandeira esclarecida De hum capitão de Christo que mais ama. Ditoso fim, ditoso sacrificio, Que a Deos se fez e ao mundo juntamente!

Tu morrerás tambem. Um ai supremo, Na noite universal que envolve o mundo, Ha de echoar, e teu perfume extremo No vacuo eterno se esvahirá disperso, Como o alento final dum moribundo, Como o ultimo suspiro do Universo. Estava a Morte ali, em , diante, Sim, diante de mim, como serpente, Que dormisse na estrada e de repente Se erguesse sob os pés do caminhante. Era de vêr a funebre bacchante!

Hôje, uma forte estacada de madeira, cercando um quadrado de cinco metros de lado, fêcha um recinto, onde se levanta uma cruz tôsca de madeira; e lembra ao caminhante, que é preciso ter prompta a carabina e ôlho á mira para viajar ali.

Caminha o dia todo o caminhante, E, emfim, lhe chega a noite, em que descança; Trabalha na tormenta o navegante, Traz-lhe a clara manhãa feliz bonança; Recobra o fructo fertil e abundante Da terra o lavrador, se nella cança: Mas eu de meu cuidado e mal tão forte Tormento espero , crua morte.

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