United States or Republic of the Congo ? Vote for the TOP Country of the Week !


Disse Amor; e mal se calla, Nos seus hombros a mão pondo, Com hum semblante sereno Assim á queixa respondo: Depois, Amor, de me dares A minha Marilia bella, Devo guardar humas Lyras, Que não são em honra della? E que importa, Amor, que importa Que a estes papeis destrua; Se he tua esta maõ; que os rasga, Se a chamma, que os queima, he tua?

Essa Lyra falla de desgraças, d'antigos crimes, de crueis lembranças. Essa Lyra espedaça e quebra as taças, calla os festins, e faz parar as danças, e essa Lyra ai! da tragica innocencia é a Lyra terrivel da Consciencia. E a Lyra diz: O que fizeste, ó mundo! das grandes almas unicas, sagradas, das grandes frontes d'um sonhar profundo que eram as frontes as mais bem amadas?

Maio de 1854. Volve folha desbotada, Outra vez á mão nevada Que do tronco te ceifou, Volve, e dize sem receio, Que te apertei contra o ceio, Que o meu olhar te adorou: Vai discreta confidente, Dize tudo quanto sente, E calla o meu coração! Vai, que a tua voz sentida, Ha de ser por ella ouvida Com ternura e compaixão.

Onde a chronica se calla e a tradição não falla, antes quero uma pagina inteira de pontinhos, ou toda branca ou toda preta, como na veneravel historia do nosso particular e respeitavel amigo Tristão Shandy, do que uma so linha da invenção do chroniqueiro. Isso é bom para novellas e romances, livros insignificantes que todos leem todavia, ainda os mesmos que o negam.

Onde a chronica se calla e a tradição não falla, antes quero uma pagina inteira de pontinhos, ou toda branca ou toda preta, como na veneravel historia do nosso particular e respeitavel amigo Tristão Shandy, do que uma so linha da invenção do chroniqueiro. Isso é bom para novellas e romances, livros insignificantes que todos leem todavia, ainda os mesmos que o negam.

E tudo isto lh'o diz o azeite quando se entorna, e o espelho quando se quebra, e uma aranha no tecto, e um besouro que passa no ar a rosnar-lhe avisos: «Calla-te, calla-te. As fallas são de prata, e o silencio é de ouro. Calla essa boca!...» Outro não se move, não vae d'aqui para ali, sem recorrer a um exame prévio de tudo que o cérca.

Dizia minha avó, que triste da casa, onde a gallinha canta, e o gallo calla... Mas como é para ser pago um favor, venha de a tua impertinencia... Digo, fielmente, as palavras que me ensinaram: «Queimou-se a fôrca, cahiu o tyranno». Pena foi que elle cahisse, e ella se queimasse, antes de ter subido o atrevido que te ensinou... Eu, minha senhora, não tomo a mais pequena parte...

Nos olhos reflecte-se-lhe o abysmo que descobre, a seccura dos outros, o sonho calcado e por terra, lagrimas e enternecido espanto. Foste tu! foste tu! Tu riste-te de mim!... diz, apontando a Mouca. Os ladroes gargalham e ella se calla, a Mouca que tem rido sempre de tudo, da vida, da morte e até da propria desgraça. Ó Mouca! ó Mouca! olha o poeta! gritam todos á uma. Que é? Deixem-me!...