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E como as grossas pernas d'um gigante, Sem tronco, mas athleticas, inteiras, Carregam sobre a pobre caminhante, Sobre a verdura rustica, abundante, Duas frugaes aboboras carneiras. A Bettencourt Rodrigues Faz frio. Mas, depois d'uns dias de aguaceiros, Vibra uma immensa claridade crua. De cocaras, em linha os calceteiros, Com lentidão, terrosos e grosseiros, Calcam de lado a lado a longa rua.

Entre outras cousas que entre nós ha mal feitas são duas, as quaes nos dão notavel prejuizo á saude: a primeira é quererem os homens mostrar que calçam pequeno , mandando fazer menor sapato, do que pede o , assim continuando vem a ser gotosos; por conseguinte as mulheres que usam posturas perdem os dentes, mais depressa se arusgam e outras muitas desgraças se seguem d'aqui. Segredo 53

Dias felizes, dias venturosos, Augura-nos o Ceo, em dons fecundo! Maria e Pedro nos farão ditosos. Daremos nobre exemplo á Europa, ao Mundo: Que os Povos de ser livres sequiosos, Calcam do despotismo o rosto immundo. O segundo soneto afina pelo mesmo tom emphatico;

São luxos de toucador para dias de festa, feiras, ou romagens, quando calçam, com meias brancas, tamanquinhos de pregaria doirada com sua meia palla de marroquim vermelho, vestem roupinhas de pano burel fino, ou chita, põem gorjetes de filó, ou lenços de cassa bem pregados, e capoteiras de pontas compridas debruadas de fitas. Para a egreja, as mais ricas e senhoras teem mantilhas e sapatos.

Quando a alma, ao termo de mil hesitações e desenganos, cravou as raizes para sempre n'um ideal de amor e de verdade, pódem calcal-a e tortural-a, pódem-na ferir e ensanguentar, que quanto mais a calcam, mais ella penetra no ideal que busca, mais ella se entranha no seio ardente que deseja. Seu amigo e camarada cordealissimo Guerra Junqueiro.

Os pés calcam hervas espesinhadas, que tambem deitam fóra o seu sonho; esquece-se ao das fontes vendo-as jorrar e põe-se a respirar fundo, querendo imbeber-se d'aquelle ar carregado de vida. De repente cahe um d'estes chuveiros de primavera, precipitados e rapidos. A chuva que tomba é morna.

Não é de suppôr que rapazes que se encostam ás vitrines do Chiado, que frequentam o Gremio, que vão a S. Carlos, que não faltam á espera dos touros, que costumam passar o verão em Cintra, que calçam bota de polimento, que se frisam no Baron, que se vestem no Keil, se aguentem, por mero capricho, n'uma caminhada de sul a norte, que os obriga a viver entre montes, durante dois mezes, n'uma barraquinha de campanha, onde mal se póde lêr a Correspondencia de Portugal e onde seria impossivel desdobrar o Times.

Maior abutre, maior quinhão. Homens que têm imperios, e homens que não têm lar. Os pés mimosos das princezas deslizam lusentes d'oiro por alfombras, e os pés vagabundos calcam, sangrando, rochedos hirtos e matagaes. Bebem champagne alguns cavalos do sport, usam anneis de brilhantes alguns cães de regaço, e algumas creaturas, por falta d'uma codea, acendem fogareiros para morrer.