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Gustave Bertrand, no seu livro Les nationalités musicales, diz que a opera fôra cantada n'uma época politicamente calamitosa, que o libreto era deploravel, e que o desempenho orçára pelo libreto, com quanto os mesmos partidarios de Beethoven, reunidos em congresso, lamentassem ter de accusar o maestro de certa culpabilidade no desastre.

Temos á vista vários jornaes d'aquella epocha calamitosa, que fazem, pela desenvoltura da linguagem e calúmnias que semearam, corar de pejo todos aquelles que saibam presar a dignidade da imprensa, e comprehender a sua nobre missão.

Um rico pedaço de toucinho, um bom naco de prezunto, o bello chouriço, cheirinhos, arroz da melhor tenda... Ora adeus! Um dia não são dias. Aquella noite de Natal havia de ser falada! E, por debaixo dos longos bigodes brancos, brancos de neve, El-rei lambia os beiços. Chovia a potes. O drama terrivel, a mais calamitosa tragedia da historia patria, ia-se pouco a pouco desenrolando.

Foi n'esta calamitosa época que raiou o sempre infausto dia 18 de outubro de 1817, em que esta cidade viu com terror e espanto consumar um dos mais horrorosos mysterios da iniquidade, e de que a nossa historia não fornecia exemplo: os gemidos das innocentes victimas sacrificadas por mãos da mais atroz perfidia, e choradas por todos os bons Portuguezes, penetraram o coração de Manuel Fernandes Thomás; e este decisivo testemunho da barbaridade de nossos oppressores lhe deu a conhecer que com elles não podia haver esperanças do allivio a nossos males, e que a Patria estava em perigo de cair por momentos no pelago de desgraças que lhe preparava a anarchia: desde então concebe o generoso projecto de salvar a Nação; a principio ; depois com poucos e fieis amigos medita, consulta, e prepara os meios de o conseguir; investiga os animos; interroga a opinião publica; espreita attento a occasião; e logo que esta se lhe mostra opportuna, proclama ousadamente a liberdade da Patria, e a Patria é livre.

Estes horrores poderão hoje parecer sinistramente romanticos, mas uma hora de recolhimento em face do quadro da Ribeira basta a acordar em nós a consciencia historica d'essa epoca calamitosa.

O caso de Stuart Mill é uma excepção surprehendente na historia das doutrinas politicas no seculo XIX; não seria facil repetir-se, mesmo entre os da sua força e edade . Da liberdade comprehendida no sentido de uma larga emancipação não da lei mas da influencia da opinião e do costume, por uma rarissima agilidade de pensamento, verdadeira prolongação de juventude que lhe facultou deducções imprevistas dos seus principios, Stuart Mill veio até á acceitação d'aquellas concepções que no seu tempo o individualismo encorporava na vaga designação de socialismo, temendo-as e proscrevendo-as, como resurreição de despotismo, reacção calamitosa e sem nome. «Por um lado», escreveu , a repudiavamos com a maior energia esta tyrannia da sociedade sobre o individuo que se suppõe contida na maior parte dos systemas socialistas; por outro olhavamos para um tempo em que a sociedade não mais se encontrará dividida em duas classes, uma de ociosos, outra de trabalhadores; na qual a regra de que os que não trabalham tambem não devem comer será applicada, não aos pobres, mas a todos imparcialmente; em que a divisão do producto do trabalho, em vez de depender, como em alto grau agora acontece, dos accidentes de nascimento, será feita d'accordo, sobre um principio de justiça: em que emfim não mais será impossivel, ou se julgará impossivel, que os seres humanos se esforcem energicamente procurando bens, destinados não para elles exclusivamente mas para serem partilhados com a sociedade á qual pertencem.

Alvitrava o emprego da força armada para dispersar os bandos, com prudencia; e, compungido de patriotica lastima, deplorava o indiscreto arbitrio dos palacianos que aconselharam ao principe uma fuga tão calamitosa no instante em que o prestigio da nacionalidade estava na presença do soberano. Fora nomeada uma deputação para cumprimentar Junot.