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Fui muito bem recebido por elle, que negou ter sido connivente com Caiumbuca e os prêtos do Silva Porto, na fuga dos meus Quimbares; o que era falso, porque sem o consentimento d'elle, não poderiam elles ter passado o Zambeze.

Esperei um momento, e ao clarão da fogueira conheci a prêta Marianna, que, com meio côrpo dentro da barraca, me fazia signal para que entivesse calado. Entrou, achegou-se a mim e disse-me: "Toma cautela. O Caiumbuca atraiçôa-te.

Elle recebeu-me muito bem, dizendo-me, que estava convencido de que fôra illudido por Caiumbuca e pêlos muleques do Silva Porto; que acreditava ser eu um enviado do governo do Mueneputo, e que me queria dar todas as satisfacções pêlos transtornos que eu tinha soffrido nos seus estados, de que elle dizia não ter tido a menor culpa.

Ao ouvir o nome de Caiumbuca, não pude conter a minha emoção. Tinha diante de mim o mais audaz dos sertanejos do Bihé. Do Nyangue ao Lago Ngami é conhecido o nome de Caiumbuca, o antigo pombeiro de Silva Porto. Em Benguella dissera-me Silva Porto: "Chame para junto de si a Caiumbuca, e terá o melhor immediato que pode encontrar em tôda a Àfrica Austral."

Algumas vêzes mais observei igual phenòmeno, mas não a tanta altura, nem tão perfeitamente definido. Como eu esperava, n'esse dia, não me appareceu, nem Caiumbuca, nem a gente que Lobossi devia mandar-me.

Depois d'este exordio, assegurei-lhe, que aquella carta fôra escrita como simples prevenção, porque eu confiava plenamente na sua dedicação por mim; mas que essa dedicação tinha de estar vigilante, porque eu desconfiava levemente do Caiumbuca, e se me acontecêsse alguma desgraça, eu não poderia evitar os horrores que estavam reservados aos entes que lhe eram caros.

N'estas condições a ferida não apresentava gravidade, pêlo menos de momento. Depois de lhe fazer um ligeiro curativo, mandei chamar o Caiumbuca, e ordenei-lhe que me acompanhasse a casa do rei, fazendo com que os muleques conduzissem para ali o ferido. Lobossi tinha voltado de casa das amantes, e conversava com Gambela antes de se deitar. Apresentei-lhe o ferido e perguntei-lhe o que era aquillo.

Elle pedio-me para regressar n'essa noute a Lialui, dizendo, que voltaria no dia immediato com a gente que Lobossi me deveria mandar, para eu seguir para Quisseque, logo que o estado de alguns feridos m'o permittisse. Disse-lhe, que pedisse ao rei para mandar-me dar mantimentos, a menos que não quizesse que morrèssemos á fome no seu paiz. Caiumbuca partio sem falar a ninguem da minha gente.

Apesar de tôdas as intrigas e dos factos que ellas produzíram, eu ia continuar a minha viagem com a gente de Benguella, quando o ataque da noute de 6 de Setembro m'a dizimou, e uma nova intriga dos prêtos de Silva Porto levou á fuga os restantes. ¿Por ordem de quem trabalhou Caiumbuca? Eis o que não pude saber. Por sua conta creio que não; que pouco tinha a lucrar n'isso.

Foi então que tentáram matar-me, affirmando Machauana, que Lobossi sempre se opoz a isso, assim como a maioria do seu consêlho, mas que Gambela era de opinião contraria. Caiumbuca e os muleques de Porto fôram dizer a Lobossi, que tôdo o que eu tinha nas minhas malas eram roupas e fazendas muito ricas, despertando-lhe assim a cubiça, que a tantos exploradores tem perdido no Continente Africano.