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Luiz da Cunha aconselhava-lhe os passeios, e para isso lhe vestira um jokei que a acompanhasse, e lhe déra plena liberdade de gosar, na sua ausencia, não os prazeres do lympido ceo, mas os da terra que valiam bem a pena de sahir dos amúos que a molestavam. Uma ironia por consolação! Um escarro nas faces cadavericas da infeliz!

Viu encovarem-se-lhes os olhos, e estremecerem-lhe os musculos das faces cadavericas pela magreza e pela lividez. Em breve as contracções nervosas se estenderam a todo o corpo. O caminheiro começou a tremer, a tremer. Trouxeram roupa, cobriram-n'o. Pediram-lhe que se deitasse; recusou. Esteve assim longo tempo, tremendo, frio como o gelo.

A sombra da aza da morte empanava aquelle rosto, d'onde a vivesa e o lume fugira, deixando como vestigios, as rugas cadavericas d'uma lenta agonia. Devia ser um demonio! Cuidei que uns figurões assim eram privilegio dos romances!... E os cabellos? naturalmente arripiados como os do Asaverus, de Orestes, ou de qualquer outro estafermo, não é verdade?

O champanhe sacode os craneos embriagados, E os crimes sensuaes e os vicios delicados Rompem n'um turbilhão de venenosas flôres. O punch, illuminando as faces cadavericas, Faz-nos imaginar as saturnaes chimericas Que á noite deve haver na morgue de Paris, Aonde as cortezãs, mais roxas que as violetas, Ao luar cantarão as verdes cançonetas Das podridões gentis.

Mas hoje que a sociedade foi revolvida e se assentou sobre bases todas inteiramente diversas das antigas, e muitas vezes oppostas a ellas, poderá esta fórmula social, este baptismo da civilisação, chamado instrucção pública, seguir um rito condemnado e por isso herético, expressão e parte de instituições cadavéricas, e por isso como ellas cadáver? Absurdo.

Feio é o demonio, dizia minha avó. São e escorreito é o essencial dizem as velhas, quando as illusões da formosura não tem nada a fazer com ellas, nem, por isso mesmo, ellas teem direito a optar entre o feio e o bonito. Luiz da Cunha era trigueiro; tinha a pelle bronzeada da cara pegada aos ossos, que lhe sahiam, principalmente os malares, em proeminencias cadavericas.

Umas boas, gentis, outras feias, crueis, Envoltas n'um sudario ou n'um burel immundo; Nas pompas theatraes, nas galas dos bordeis, Não são filhas do sonho ou creaçoes chymericas Da mente allucinada, ou vagos ideaes; São magros peitos nús, são faces cadavericas, São as tristes, as vís desolações carnaes.

Aquellas quê, minha senhora? disse Constança. As minhas estrellas!... pallidas como eu... A vida! ai! a vida! clamou ella, erguendo-se, e passando pela fronte as mãos cadavericas Quero viver! Deixai-me viver, ó Senhor! Ha de viver, menina! ha de viver, que Deus é piedoso! disse a criada mas não tome o ar da noite. Este nevoeiro do rio faz-lhe grande mal.

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