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Francisco Leitão, o Guedêlha de alcunha, de quem larga noticia a romance intitulado O Regicida. Dr. Leitão, era filho de uma notoria meretriz, e havia casado com outra, a celebrada Vicencia, filha de uma certa Barbara, alcaiota da rua dos Cabides. A historia escripta não nos esclarece a obscuridade da allusão.

Roque da Cunha transmittiu a phrase, qual a recebêra, a Domingos Leite. O frustrado regicida volvêra-se á vida solitaria com a sua dôr exacerbada pela nota de covarde e digno marido da meretriz Traga-malhas. Quem mais lhe carregava a mão no peccado da mulher era D. Vicencia, filha da Barbara da rua dos Cabides.

Passeára por toda aquella magnificencia da serra com pensamentos ligeiros de liberdade e de paz. Mandára ao Porto comprar uma cama, uns cabides... E alli estava... Para todo o verão? Não! Mas um mez... Dois mezes! Emquanto houver chouriços, e a agoa da fonte, bebida pela telha ou n'uma folha de couve, me souber tão divinamente!

Um quarto, a que me levaram tres portas escancaradas com franqueza serrana, era certamente o de Jacintho: a roupa pendia de cabides de pau: o leito de ferro, com coberta de fustão, encolhia timidamente a sua rigidez virginal a um canto, entre o muro e a banquinha onde um castiçal de latão resplandecia sobre um volume do D. Quichote; no lavatorio pintado de amarello, imitando bambú, apenas cabia o jarro, a bacia, um naco gordo de sabão; e uma prateleirinha bastava ao esmerado alinho da escova, da thesoura, do pente, do espelhinho de feira, e do frasquinho de agua de alfazema que eu mandára de Guiães.

E com a vista curiosa corria todo o quarto, interessando-se pelas panoplias que enfeitavam as paredes, perguntando os nomes dos auctores das espingardas de caça que se enfeixavam nos cabides e das quaes ensaiava a pontaria sem embaraço, desprendendo as facas de matto para lhes examinar os lavores.

Dos cabides dos guarda-roupas, provisoriamente armados nas lojas circumvizinhas aos principaes salões de baile, pendiam vestuarios correspondentes a todas as épocas e a todas as nações, e alguns, aos quaes não era possivel assignar época, nação, classe ou condição social conhecida.

Estas miudesas do meu M. S.são corroboradas com a seguinte noticia extractada das Memorias de Diogo de Paiva de Andrade: «Vicencia Correia, chamada depois Dona Vicencia, foi filha de uma grande alcayota e bebeda, chamada Barbara, que morou na rua dos Cabides em Lisboa, reinando el-rei D. Sebastião, e tão perita no seu officio que o exercitava com destreza esquisita.

Os aguazís e visinhos devassavam a alcova de Julia, os leitos, os vestidos em desalinho nos cabides, a guarda-roupa estofada de setins e velludos, as roupas brancas das creancinhas, os sapatos da fidalga com as fitas de rojo, e alli á beira de tudo isto, que respirava a felicidade conjugal, as delicias da intimidade, estava um cadaver rôxo, para o exame, com uma chaga escalavrada entre a quarta e quinta costella, e uns meandros de sangue denegrido a serpejarem-lhe peito abaixo até á cintura.

Quando, emfim, o alegre e palavroso neto da Barbara da rua dos Cabides se despediu para ir visitar homisiados portuguezes chegados recentemente a Madrid, Antonio Leite disse ao filho: Tenho com este homem, Domingos!... Porque, meu pai?!.. Não que elle me deu provas de amisade tamanhas, que por amor de mim perdeu a patria e o officio que tinha?

Atirava-se para a cama de bruços, murmurava n'uma agonia: Oh Senhora das Dôres, minha madrinha! porque não vem elle, porque não vem elle? Nos primeiros dias, apenas elle se fôra embora, toda a casa lhe pareceu deshabitada e lugubre! Quando vira no quarto d'elle os cabides sem a sua roupa, a commoda sem os seus livros, rompeu a chorar.

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