United States or Armenia ? Vote for the TOP Country of the Week !


Não longe lhe ficava a sua aldeia na c'roa de um oiteiro; pensarieis, vendo-as tão perto, e um bosque a separal-as, a aldeia tão brilhante de fogueiras e esta casa tão mas tão alegre, pensarieis, como eu, ver n'uma festa moça ausente e feliz, amante e amada, que entre o prazer commum não quer nem deve ir desfazer seus pensamentos doces.

Filha do céu, o céu era o teu tecto, Teu escabelo o dorso da montanha. Tempo houve em que esses braços te adórnava C'roa viçosa de gentis boninas, E o pedestal te rodeiavam preces. Ficaste em breve , e a voz humana Fez, pouco a pouco, juncto a ti silencio. Que te importava? As arvores da encosta Curvavam-se a saudar-te, e revoando As aves vinham circumdar-te de hymnos.

Derradeira abjecção! baixesa extrema! Quando has de tu deixar as vis doutrinas, As vis superstições dos tempos velhos, E fazer cathedraes das officinas, E procurar na Sciencia os Evangelhos? Quando has de tu surgir calcando arminhos, Nos salões onde, altivos do seu nada, Ri a mitra da c'roa dos espinhos, E o sceptro inutil da prestante enxada?

Justiça, gloria, amor, saudade, tudo, Ao da sepultura, é som perdido De harpa eolia esquecida em brenha ou selva: O despertar um pae, que saborea, Entre os braços, da morte o extremo somno, não é dado ao filial suspiro: Em vão o amante, alli, da amada sua De rosas sobre a c'roa debruçado, Rega de amargo pranto as murchas flores E a fria pedra: a pedra é sempre fria, E para sempre as flores se murcharam,

mal sonora rima, Que sem veia forjou saudade, e zelo, Leráõ o amavel Lima, O sabio Castro, e o profundo Mello, Pedras, que tu mal soffres, ó Lisboa, Faltarem tanto tempo á tua c'roa. Em louvor da Saude.

Mimosa c'rôa de encantos Te cinge a fronte, mulher! Prendem-nos a alma teus prantos Que meiga nos deixas vêr,

'Stava Francisco alli sublime e dino, Vermelho como os raios de Vulcano; Por sceptro tinha um copo crystalino De cheiroso licor, mas não d'este anno; Da boca lhe sahia um ar tão fino, Que em vinho convertêra um tigre hyrcano; Dos ramos tinha c'rôa rutilante Em que tornou a Daphne seu amante.

Justiça, gloria, amor, saudade, tudo, Ao da sepultura, é som perdido De harpa eolia esquecida em brenha ou selva: O despertar um pae, que saboreia Entre os braços da morte o extremo somno, não é dado ao filial suspiro; Em vão o amante, alli, da amada sua De rosas sobre a c'roa debruçado, Réga de amargo pranto as murchas flores E a fria pedra: a pedra é sempre fria, E para sempre as flores se murcharam.

Tranzido de terror em vão procuro Meus olhos desviar d'aquelles olhos, Cuja sinistra luz me fascinava! Suspendendo na mão livida e fria A mesma c'roa de virginias flores, Que eu tinha visto na graciosa fronte Da celeste visão que me encantára, Disse emfim com satanica ironia: «Olha: é esta a grinalda immaculada, Da tua ingenua e seductora Lelia!

Se fôra rei daria o throno, a gloria, A c'roa, o manto, a fama, a patria, a historia, O paço, as cortesãs e o sceptro bello, Não por dormir um somno d'innocencia No teu regaço, em morbida indolencia, Mas para me enforcar no teu cabello. Se escuto ao longe a timida harmonia Da tua voz vibrante, modulando Um cantico d'amor, ou suspirando Em requebros profundos d'agonia;

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando