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Os seculos desconhecidos esconderam sob a dobra dos immoveis sudarios a memoria dos obreiros com o risco e os instrumentos do trabalho e vê-se a prodigiosa obra anonima erguer-se recortando o perfil extranho no horisonte desmaiado do passado, como o vulto da esphinge incomprehensivel no ceu dos grandes desertos!

Maldictos os nomes dos que accenderam o volcão popular; nomes abominaveis perante o céu e a terra. Portugal foi pesado na balança da eterna justiça, e a Providencia retirou a mão de cima delle. Derribem-se os altares, cerrem-se as portas dos templos: Deus não acceita os sacrificios, nem ouve as preces deste povo, senão como uma expressão de escarneo.

Cidade, Branqueado sepulchro, que misturas A opulencia, a miseria, a dôr e o goso, Honra, infamia, pudor, e impudicicia, Ceu e inferno, que és tu? Escarneo ou gloria Da humanidade? O que o souber que o diga!

no ceu ha quem nos proteja ainda. A lei pune. O infame reu cae prostrado, e o p'rigo finda. Sabia a lei no monstro fere Cartouche e Robert Macaire. N'um golpe os reduz a ! Da dupla calamidade, descascando um ovo , livra e salva a humanidade! Os relaxados sandeus dizem: Não valia a pena. Mas é que a Lei, pygmeus, não raciocina, condemna. E raciocinasse!... O pepino não se torce em pequenino?

Gonçalo atirou a ponta do charuto, e com as mãos nas algibeiras do paletot, parou junto do miradouro, olhou vagamente para as estrellas. A nevoa adelgaçára quasi sumida, lumes mais vivos palpitavam no ceu mais profundo. De lumes e ceus descia essa sensação de infinidade, d'eternidade, que penetra, como uma surpresa, nas almas desacostumadas da sua contemplação.

Oh! se é um sacrilegio, cale-se por Deus! Podem ouvir-nos os pares que nos seguem... Dariamos escandalo no meio da sacratissima valsa! Que eu lh'o diga ao ouvido, na sua pequenina orelha que parece uma joia de marfim cinzelada por Benvenuto Cellini para ornamento da cabecinha de uma Notre Dame de Lorette!... Elle bebe-a ao almoço... Deus do céu! Entre a costelleta e a omelette... Virgem Maria!

Pois passa o inverno e a tempestade, vem a primavera e o sol, e o homem nem sequer os olhos ergue? Sob os seus pés a terra move-se, n'um borborinho, toda ella viva; sobre a sua cabeça a abobada do céu arqueja, carregadinha d'estrellas e o homem queda-se inconsciente? Ha o escarneo, pedras, constellações e o mar profundo e o homem continúa impassivel.

Mas a escravo, que pugna por ferros, Que herdará deshonrada memoria, Renegando da terra sem gloria, Nunca mais darei nome de irmão! Onde é livre tem patria o poeta, Que ao exilio condemna ímpia sorte. Sobre os plainos gelados do norte Luz do sol tambem desce do céu;

70 "Fernando, um deles, ramo da alta pranta, Onde o violento fogo, com ruido, Em pedaços os muros no ar levanta, Será ali arrebatado e ao Céu subido. Álvaro, quando o Inverno o mundo espanta E tem o caminho húmido impedido, Abrindo-o, vence as ondas e os perigos, Os ventos e despois os inimigos.

Mas se o ceu nos diz e prova que Elle é o Filho de Deus porque has de receiar os homens?

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