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Peço-lhe, pois, meu caro João Grave, a fineza de dizer no seu jornal que conheço perfeitamente os recursos históricos a que alude o incansavel historiador da Litteratura Portugueza, como não podia deixar de conhecer pela leitura das edições do «Bernardim Ribeiro e o Bucolismo» do snr. dr. T. Braga.

E não querendo confessar que errara, como se semelhante facto constituisse desdoiro ou apoucasse de qualquer fórma seus méritos, o autor do livro Bernardim Ribeiro e o Bucolismo procurou, por um processo que não nos atrevemos a chamar genial, enterrar a verdade, sepultando-a sob um pedregulho enorme, para que ali dormisse um sono de séculos, tantos séculos pelo menos como a lenda contava, para que, assim, ninguem pudesse aludir ao erro em que se deixara enredar o professor do Curso Superior de Letras.

Mas remorder-nos-ia a consciência, se cerrássemos a presente noticia, sem significar a Delfim Guimarães a satisfação que nos deu o seu melindroso e arrojado trabalho, e o encanto com que repassamos os olhos pelo ingénuo e delicioso bucolismo dos avoengos da poesía nacional. Formoso livro e serviço memorável. Dr. Candido de Figueiredo O poeta Chrisfal

A duplicidade desapparece agora com as aturadas canceiras de Delfim Guimarães que assim reivindica para o grande corypheu do bucolismo em Portugal todos os fructos do seu prodigioso talento, corrigindo um erro em que os bibliophilos laboraram durante seculos.

Empresa de cozinha, que póde esturrar-se facilmente. Saberemos depois... dizia o Vasconcellos, fustigando as orelhas do burro rebeldemente ronceiro. A varzea de Collares estava realmente encantadora n'aquelle dia. Pairava no ar uma serenidade saturada de bucolismo e de limpidez campestre, capaz de inspirar idillios á alma de um agiota. As arvores floridas perfumavam o ambiente.

E nesse acomodatício bucolismo de fóra de portas foi onde gozaram o seu primeiro idílio, breves, fugazes horas de paz e de enlêvo, vividas ao acalentador abrigo dos muros dum exíguo patio colgado de trepadeiras, em cujas sombras transparentes os raios do sol vinham quebrar-se, dançando, como sarabandas de beijos, como boquitas de oiro.

Ah! que é preciso uma pessoa ser cega de enthusiasmo pelo bucolismo, pela infancia poetica da alma portugueza, tão simples, tão sincera e ao mesmo passo tão docil, para não morrer de apoplexia fulminante ao soar-lhe nos ouvidos este plebeu vocabulo çapatas, tão grosseiro e saloio, como elle nos sôa hoje!

O ambicioso coração humano deseja tudo, a tudo aspira e tudo quer! E para que, no fim de contas? o diz Pascal na sua phrase incisiva e sombria: «o remate é sempre identico, qualquer que tenha sido a comedia ou a tragedia que o antecedeu». E aqui está como a vista do arvoredo de Bagatelle me levou para longe do bucolismo, encontrado, onde meu Deus?... a dois passos da fornalha de Paris!...

Como o snr. dr. Theóphilo Braga procedeu, vão os leitores conhecer, e depois ficarão habilitados a julgar da sinceridade com que o infatigavel escritor impugna o nosso livro sobre o poeta Crisfal. A pag. 356/7 do seu livro Bernardim Ribeiro e o Bucolismo, na parte respeitante a Cristovam Falcão, escreveu o snr. dr.

Theóphilo Braga, interpretando erradamente uma passagem da Pedatura do genealogista Alão de Moraes, em que se mencionava o casamento de uma parenta remota de Maria Brandôa com um João Patalim, escreveu a pag. 344 do seu livro Bernardim Ribeiro e o Bucolismo: «Pelo Manuscripto citado de Alão de Moraes acha-se noticia do aqui chamado Val de Pantaleão: D. Joanna, tia avó de D. Maria Brandão, casara a primeira vez com João Pantalião; etc