United States or Brazil ? Vote for the TOP Country of the Week !


A aquella ilha aportamos, que tomou O nome do guerreiro Sanctiago, Sancto que os Eſpanhoes tanto ajudou A fazerem nos Mouros brauo eſtrago: Daqui tanto que Boreas nos ventou Tornamos a cortar o immenſo lago, Do ſalgado Occeano, & aſsi deixamos A terra onde o refreſco doce achamos.

Martim Lopez ſe chama o caualleiro, Que destes leuar pode a palma, & o louro: Mas olha hum Eccleſiastico guerreiro, Que em lança de aço torna o Bago de ouro: Vêllo entre os duuidoſos tam inteiro, Em não negar batalha ao brauo Mouro, Olha o ſinal no çeo que lhe apareçe, Com que nos poucos ſeus o esforço creçe.

Por eſta cauſa o Reino gouernou, O Conde Bolonhes, deſpois alçado Por Rei, quando da vida ſe apartou, Seu yrmão Sancho, ſempre ao ocio dado Eſte que Affonſo o brauo ſe chamou, Despois de ter o Reino ſegurado: Em dilatalo cuida, que em terreno Não cabe o altiuo peito tam pequeno.

Aſsi meſmo a fermoſa Galatea Dizia ao fero Noto, que bem ſabe Que dias ha que em vella ſe recrea, E bem crê que com elle tudo acabe, Não ſabe o brauo tanto bem ſe o crea, Que o coração no peito lhe não cabe, De contente de ver que a dama o manda, Pouco cuida que faz ſe logo abranda.

Mas neste paſſo a Nimpha o ſom canoro Abaxando, fez ronco, & entriſtecido, Cantando em baxa voz enuolta em choro O grande esforço mal agardecido: O Beliſario, diſſe, que no coro Das Muſas ſeras ſempre engrandecido, Se em ti viſte abatido o brauo Marte, Aqui tens com quem podes conſolarte.

Mas a fermoſa armada, que viera Por contraste de vento, aaquella parte Sancho quis ajudar na guerra fera, Ia que em ſeruiço vay, do ſancto Marte Aſsi como a ſeu pay acontecèra, Quando tomou Lisboa, da meſma arte, Do Germano ajudado Silues toma, E o brauo morador deſtrue & doma.

Com esforço tamanho eſtrue & mata, O Luſo ao Granadil, que em pouco eſpaço, Totalmente o poder lhe desbarata, Sem lhe valer defeſa, ou peito de aço: De alcançar tal victoria tam barata, Inda não bem contente o forte braço, Vay ajudar ao brauo Caſtelhano, Que pelejando eſt

O Rei de Badajoz era alto Mouro, Com quatro mil cauallos furioſos, Innumeros piões, darmas & de curo Guarnecidos, guerreiros & luſtroſos: Mas qual no mes de Maio o brauo Touro Cos ciumes da vaca, arreceoſos, Sentindo gente o bruto, & cego amante Saltea o deſcuidado caminhante.

Quantos montes então, que derribarão As ondas que batião denodadas, Quantas aruores velhas arrancarão Do vento brauo as furias indinadas: As forçoſas raizes não cuidarão Que nunca pera o ceo foſſem viradas, Nem as fundas arêas que podeſſem Tanto os mares que encima as reuolueſſem.

Eſte pode colher as maçãs de ouro, Que ſamente o Terintio colher pode, Do jugo que lhe pos o brauo Mouro, A ceruiz inda agora nam ſacode: Na fronte a palma leua, & o verde louro, Das victorias do barbaro, que acode A defender Alcaçer forte villa, Tangere populoſo, & a dura Arzilla.

Palavra Do Dia

sentar-nos

Outros Procurando