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Branca e pequenina, ligeirinha e leve, Corta por abismos, plagas sem faroes, Stepes infindaveis que ninguem descreve, Lugubres desertos de mudez e neve, Bategas de brasas, turbilhões de soes!... Vae andando, andando, que emfim cercada D'uma aleluia mystica de luz, Com o bordãosinho que a amparou na estrada Bate ás portas d'oiro da feliz morada, Presbiterio d'Almas, onde está Jesus!...

Tira-se um tampo á vasilha e mette-se dentro um testo cheio de brasas e depois bota-se-lhe nas brasas um vintem de cravo da India, dez reis de canella e um bocado de pês, abafa-se a vasilha com o tampo para que este fumo se entranhe na madeira, e sair-lhe-ha o mau cheiro, e a vasilha ficará cheirando sempre bem.

Almas misteriosas, em que sonharão?... Como que n'um dubio lusco-fusco abstracto, De ter sido tigre lembra-se inda o gato?... De ter sido hiena lembra-se inda o cão?... Eis as brasas mortas... Eil-o converso O castanheiro em cinza, em fumo vão, em luz... Luz e fumo e cinza tudo irá disperso Reviver na vida eterna do universo, Circulo de enigmas, que ninguem traduz...

Em um testo botarão umas poucas de brasas acezas, e depois pegarão em umas poucas de folhas de alecrim da India, e botarão as folhas em cima das brasas; depois de ellas botarem bastante fumo lhes deitarão uma onça de assucar; põe-se a cabeça do paciente a tomar aquelle fumo, isto é dous palmos acima das brasas para evitar da muita quentura, que fazendo isto oito noutes ao deitar da cama, se acharão melhor, porque assim como eu fiz e achei bom resultado, tambem me parece que o meu semelhante que padecer da mesma doença tambem o achará se isto fizer como explico.

Tem o velho ao colo o seu netinho doente; Morte negra, foge do telhado, ó, ó... E no lar as brasas simultaneamente Dizem para o anjo: tudo é oiro ardente... Dizem para o velho: tudo é cinza e !...

Sou porventura um homem, ou não o sou? Sou. Pois bem! esquecerei essa criança loura. Passou a noite jurando não pensar mais nela, e estorcendo-se sobre as brasas da insónia.

Rogério não respondeu, mas os seus olhos, como brasas, na pelle branca do colo d'ella, redondo e , chamuscavam-n'a, mordiam-n'a, apalpavam-n'a, servindo-a como um goso arrancado á força. E n'um desvairamento, agarrou-a pelos dois braços sifflando, engasgado de furia. Cala-te estupor, cala-te diabo! Era n'uma sombra de panno de fundo, que vinham, de correr.

E esse fuso alegre onde se enrosca o linho foi ramo verde n'esse tronco em brasas: Deu cachos brancos como o branco arminho, sobre elle a ave construiu seu ninho, sobre elle amando palpitaram azas!... Fuso como giras em dedinhos breves Prasenteiramente, com tão louco ardor! Que estarás fiando?... que enxovaes?... que neves?

Ao baixar da noite, desdobrou-se sôbre a cidade um denso lençol de sombra. Branca saíu contente, com a esperança de que Frederico se encontraria com ela, volvido pouco tempo, para a continuação dum capricho sentimental que ainda lhe parecia absurdo, tanto a havia surpreendido a resolução inesperada do seu amante dalgumas horas; e êle, ficando no imenso casarão de treva e de silêncio, experimentou uma sensação de tédio mais fundo. Tôda a vida lhe parecia deserta, especialmente a vida emotiva; e, recolhendo-se, a si mesmo perguntava se valeria a pena vivê-la, sem encontrar nas almas e no mundo exterior alegrias puras e interêsses morais. Sentado numa cadeira de braços, junto duma mesa de pau preto sustentando jarras com flores que Bernardo tôdas as manhãs substituía, ia sofrendo o seu permanente suplicio. Verificava que, em certos momentos, ideias claras, fáceis, luminosas, o obrigavam a obedecer-lhes alegremente, e que, em outras, essas ideias eram sombrias, indecisas, indecifráveis, e o assustavam. Encontrava-se, precisamente, num dêstes últimos instantes em que as inquietações interiores o consumiam, como as brasas se consomem no fogo intenso. Justos céus! Como o seu desamparo era grande! E cada vez a solidão mais pesava

Onde o Estio a cantar longos meses se esquece, E onde o Sol não é lampada que illumina, Mas o Ágni creador que tudo anima e aquece! Debalde, sobre mim, na sua graça divina, Almas puras, abrindo a plumagem das asas, Com o ardor que nenhuma angustia contamina, Espalham no meu lar como um calor de brasas... Para fundir de todo esta geada tão densa, tu, meu claro Sol, que até d'inverno abrasas!

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