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Mas como se organisa a republica? Aqui, á claridade de um sentimento divino, succede-se o nevoeiro dos systemas humanos. E o systema, o espirito systematico matou a republica. Rousseau, e atraz d'elle Robespierre, o bastardo de Rousseau, como disse Michelet, os Jacobinos, Danton e a Convenção, na energia do seu plebeismo, conceberam a republica como uma dictadura permanente, executada em nome da multidão pelos chefes da sua escolha. Foi assim que, julgando consolidar a egualdade, fundavam apenas o peior dos despotismos, o despotismo da plebe. A razão scientifica é facil de colher-se. Pela delegação aglomeravam todos os poderes, todas as forças collectivas no centro poderoso da republica una e indivisivel. Esse centro, e elle, legislava, administrava, julgava, absorvendo no seu immenso pulmão o ar e a vida que devera animar o corpo inteiro da sociedade. Mas não se julga, legisla, administra sem força; e força tanto maior quanto mais concentrado está o poder, quanto mais tem que governar, que impor, por conseguinte, a vontade omnipotente com que o armou a nação. Mas impor a quem? á mesma nação! Contradicção estranha! a delegação tornou-se tyrannia: o suffragio universal converteu-se n'uma arma de dois gumes com que o povo, brandindo-a, se fere, e tanto mais se fere quanto mais valente é o braço com que a brande. O divorcio entre o governo e a nação succede-se rapido. Elle, armado com o seu direito, a delegação, quer ser obedecido e faz-se em todo o caso temido: ella, armada com a sua liberdade, accusa o governo de traição e tyrannia, revolta-se e a republica cae estrebuchando n'um lago de sangue. Qual dos dois tem rasão? nenhum d'elles ou ambos. Mas quem, com certeza, não tem rasão é o systema, o rude e estreito systema da unidade e da concentração. Tem razão Robespierre e têem-na tambem os thermidorianos que o guilhotinam: quem não a tem, em todo o caso, é Rousseau dando no Contracto social as formulas da Republica una e indivisivel. Ah! grande mas desvairado philosopho! a tua liberdade é a selvageria e a tua igualdade o despotismo!

De subito, apparece á frente dos tresentos infantes o Cavalleiro que se destacava no tropel das batalhas pelo seu cavallo branco, no qual se arrojava á frente de todos os perigos. Os tresentos peões sentiram multiplicar-se-lhes a força e gritaram: Olha como elle brande a Colada! A Colada ao sol faisca; parece um raio.

Na phalange os Janizaros entrárão: Alp os commanda; e a cimitarra nua No erguido braço nu sustenta e brande. Kans e Bachás fixárão-se em seus postos; E ei-lo á frente da hoste se apresenta Em pessoa o Visir.

Repetirão o que o immortal marido de Lady Byron dizia de nós a proposito de uns cachações com que o massacraram certa noite á saída de S. Carlos: "Nação impando de ignorancia e orgulho, Que lambe e odeia a mão que brande a espada Que do Gallo assanhado á zanga o rouba ...

As espadas que temperâmos carecem de braços firmes como os vossos. Viriatho tocando-lhe com a mão no hombro, e avançando pela officina ao ruido das bigornas em que se rebatiam a martello as laminas frias, volveu-lhe: Andergus! ás espadas que fabricaes póde-se-lhes chamar magicas, porque tornam invencível o homem que as brande.

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