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Senhor, se vos são acceitos Pobres Versos, mal limados, Entre vidros, e receitas, Em triste leito traçados; Se de hum sombrio doente A fúnebre poezia Os prazeres não perturba Deste faustissimo Dia; Consenti, que a branda Lyra, Por vós outr'ora escutada, E que teimoza molestia Tem ha muito pendurada; Sobre este cansado peito, Ferida com debil mão, Mande ao Ceo singelos hymnos, Nascidos do coração;

Pelos arrepiados nervos do Silveira uma branda emoção correu, mixto fundente de orgulho e de prazer, de fatuidade e de ternura. Sentiu-se quebrado, preso... Atingiu-o em cheio na alma a ingénua confissão, a doçura sentimental da rapariga. Naquela tarde havia uma reùnião de acionistas da tal Sociedade Internacional de Seguros, e êle ia agora

Os meninos não tinham desejos de tornar a olhar para o espelho do anão, porque entendiam que não lhes podia mostrar cousas melhores do que aquella sua vida caseira, principalmente quando veio a branda primavera, e elles pensaram como haviam de dar alegria á sua casinha no proximo inverno.

A porta abria, Inda esfregando Os olhos bellos, Sem flor, nem fitta Nos seus cabellos: Ah! que assim mesmo Sem compostura, He mais formosa, Que a estrella d'alva; Que a fresca rosa. Do cerco apenas Soltava o gado, Eu lhe amimava Aquella ovelha Que mais amava. Dava-lhe sempre No rio, e fonte, No prado, e selva, Agua mais clara, Mais branda relva.

Estando neste porto a bella Armada Tomando o necessario mantimento, Para poder seguir sua jornada, E dar terceira vez o treu ao vento; Sendo parte da noite ja passada, A virgem no seu retrahimento, Quando estava dormindo toda a frota, A Christo orou assi, branda e devota: Amor, divino Amor, Amor suave, Amor, que amando vou toda rendida; Com quem não ha na vida pena grave, Sem quem glória real não ha na vida; Amor, que do meu peito tens a chave, Amor, de cujo amor ando ferida, Quando verei, Amor, o que desejo, Para que veja, Amor, o que não vejo?

O seu director espiritual, um moço sacerdote francez, fino, louro, delicado, com uma voz branda e persuasiva, com umas mãos brancas, de cardeal, com uns gestos lentos e graves de irreprehensivel bom gosto, acabou hontem de a conduzir até aos umbraes d'essa nova vida, em que ella vae penetrar consciente do que é e do que vale. Que doçura mystica tinham as palavras d'aquelle padre!

Chegára o fim do outono: a natureza, Sem ter os mimos da estação festiva, Nem aquelle esplendor e gentileza Que tem na quadra estiva, Na languida tristeza, Na luz branda e serena D'aquelle ameno dia, Que immensa poesia, E que saudade respirava, Helena! Subindo pelo monte, Chegámos ao casal onde habitava A tua protegida, Aquella pobre anciã que se agarrava Aos restos d'esta vida!

O que quer que fosse de branda indolencia, de deliciosa preguiça na luz, nos moveis, nos perfumes. Quanto alli estava parecia viver, mas dormir. Era uma alvorada sem canticos, banhando n'uma serenidade narcotica a sua formosura.

Não queriam saber de moderação para com o principe, e os mais exaltados julgavam, ao revez, a proposta demasiado branda na qualificação de seus actos.

Mas se d'esta alma triste A negra escuridão vencer quizeste, Sabe qu'em vão nasceste; Que para desfazer-se a nevoa escura De meus olhos, importa estar presente Outro sol, outra aurora, outro Oriente. Se a luz de meu Planeta, Não m'aviva, Canção, branda e quieta, Qual flor de chuva, em breve consumida, Verás desfeita em lagrimas a vida.