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Eis aqui, Senhores, a luz a que eu vejo a eschola litteraria, a que pertenceu o Sr. Botelho no primeiro periodo da sua vida intellectual, e como me parece deve ser julgado elle proprio nas obras do seu ingenho. A essa eschola cabe um honrado logar na historia do progresso humano, ao Sr.

Em que seculo estamos nós n'esta montanha? tornou a dama do paço. Em que seculo?! o seculo tanto é dezoito aqui como em Lisboa. Ah! sim? Cuidei que o tempo parára aqui no seculo doze. O marido achou que devia rir-se do chiste, que o não lisonjeára grandemente. Fernão Botelho, pae do juiz de fóra, sahiu á frente do prestito para dar a mão á nora, que apeava da liteira, e conduzil-a á de casa.

Antes que alguem entrasse no escriptorio, o ajudante de ordens do general Botelho escondeu o masso de papeis, e ancioso de curiosidade, não tardou a examinal-os o mais escondidamente que pôde. Viu uma, outra, e outra até vinte e tantas cartas assignadas por Carlota Angela. Outras tantas, se mais não eram, assignadas por Francisco Salter.

Mas se ha estancia de castigo e de misericordia, as lagrimas de tua filha terão sido, na presença do Juiz Supremo, os teus merecimentos. Fez Josefa escrever a Marianna, noticiando-lhe a morte de seu pae, mas sobrescriptou a carta a Simão Botelho, para maior segurança. Estava Marianna no quarto do prêso, quando a carta lhe foi entregue. Não conheço a letra, Marianna... E a obreia é preta...

Domingos Botelho bramia contra o filho, e ordenava ao meirinho geral que o prendesse á sua ordem. D. Rita, não menos irritada, mas irritada como mãe, mandou, por portas travessas, dinheiro ao filho para que, sem detença, fugisse para Coimbra, e esperasse o perdão do pae. O corregedor, quando soube o expediente de sua mulher, fingiu-se zangado, e prometteu fazel-o capturar em Coimbra.

Domingos José Correia Botelho de Mesquita e Menezes, fidalgo de linhagem, e um dos mais antigos solarengos de Villa Real de Traz-os-Montes, era, em 1779, juiz de fóra de Cascaes, e n'esse mesmo anno casara com uma dama do paço, D. Rita Thereza Margarida Preciosa da Veiga Caldeirão Castello-Branco, filha d'um capitão de cavallos, e neta de outro, Antonio de Azevedo Castello-Branco Pereira da Silva, tão notavel por sua jerarchia, como por um, n'aquelle tempo, precioso livro ácerca da Arte da Guerra.

Domingos Botelho devia ter uma vocação qualquer; e tinha: era excellenle flautista; foi a primeira flauta do seu tempo; e a tocar flauta se sustentou dois annos em Coimbra, durante os quaes seu pae lhe suspendeu as mesadas, porque os rendimentos da casa não bastavam a livrar outro filho de um crime de morte .

Simão Botelho, com o ouvido collado á fechadura, ouvia apenas o som das flautas, e as pancadas do coração sobresaltado. Balthazar Cominho estava na sala, simulando vingativa indifferença por sua prima. As irmãs do fidalgo e a de mais parentela da casa não deixavam respirar Thereza.

Paulo Botelho, coadjuvando as razões da sua familia, cobria de improperios affrontosos o homem que, pouco depois, havia de perdoar as injurias com a cabeça no laço da forca. A exaltação afflictiva de Eulalia tinha tocado o ponto culminante da morte, ou da alienação irremediavel. Innocente! Innocente! eram os gritos unicos, as derradeiras palavras que os labios d'aquella mulher tinham de proferir.

E, no entanto, Simão Botelho, como o cadaver embalsamado, cujos olhos reluzentes se cravam n'um ponto immoveis, tinha os seus immersos na interior escuridade do miradouro. Nenhum signal de vida, e as horas passaram até que o derradeiro raio do sol se apagou nas grades do mosteiro.

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