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Voar voam ás vezes, e para longe, mas é no seu ninho que descançam, é no seu ninho que dormem. Os negociantes da rua, que constituem para assim dizer uma humanidade á parte, são como as borboletas; voar, sempre voar!

Mudam de côr, á mesa, se espalham sal na toalha; sobresaltam-se na aridez das praias se succede levantarem com o os limos, que cobrem as borboletas do mar; atormentam-se quando ao atravessar charnecas se lhe prende o lenço nas urzes; vêem imagens, conhecidas nos montões de nuvens negras que um relampago allumia. Tudo lhes falla; para elles até a materia muda tem lingua.

Mas, francamente, se tu queres viver pela natureza, se soffres dos pulmões, se és pantheista, se gostas das borboletas e das flores, se te enthusiasmas com os limpidos horisontes das montanhas e dos rios, se és socegado, melancholico, um tanto nostalgico e triste, escolhe a peninsula, aluga uma casa todos os annos no Bussaco, percorre a Andaluzia na primavera, visita as praias, e deixa-te ficar por .

Mas uma criança era a que elle tinha deixado, uma criança a brincar, a colhêr as boninas, a correr atraz das borboletas do valle... uma criança que sim o amava ternamente, cuja suave imagem o não tinha deixado nunca em sua longa peregrinação, cuja saudade o accompanhára sempre, de quem se não esquecêra um momento, nem nos mais alegres nem nos mais occupados, nem nos mais difficeis nem nos mais perigosos da sua vida...

As pombas rolas, que andam aos pares, fallando amores na sua linguagem mysteriosa, levantam vôo com a approximação de Magdalena, que as segue depois com a vista, até as perder de todo; mas as borboletas de côres variadissimas, seguem-a contentes, como se a conhecessem de ha muito, e andam inquietas, em volta d'ella, ora subindo, ora descendo, como que desejando beijal-a, mas temendo fazel-o, receiando maculal-a.

Bibes brancos a esvoaçar como azas de borboletas; finos cabellos encaracolados cahindo em maciezas de luz, a nimbar d'oiro Varezo cabecinhas graciosas... Bellas crianças feitas de mimos e de beijos, rosadas e fortes, promptas para a vida sem maguas nem canceiras. E aquella!

Os soes vivos, os ventos importunos, lhe ameaçavam fim; ruins borboletas captivas da belleza iam murchal-a. Imprevisto invisivel jardineiro a tempo a salva, e a transplantou no ermo. No mundo, sobre o abysmo, hontem folgava impróvida e leviana; hoje pranteia na solidão, mas sob um Ceo que a espera. As cidades, em que ídolo brilhára, inda a chamam em vão, e em vão a aguardam.

Tambem no coração de Agostinho Pimenta estava travado a essa hora o duello horrivel. Turvava-lhe a vista o Amor, suppondo Branca peccadora. A Verdade quizera poder leval-o pela mão a debruçar-se n'uma das janellas do conventinho de Cintra, mostrar-lhe as borboletas que doidejavam nas comas floridas, e perguntar-lhe se alguma d'ellas valia menos por ter doidejado mais.

Zumbiam as vêspas nos trançaes dos maracujás, volitavam rapidos, de flôr em flôr, deixando beijos em toda a parte, uns mimosos e pequeninos beija-flores, e cortavam o espaço, em mil caprichosas linhas, ora subindo, ora descendo, ora rapidas, ora vagarosas, algumas borboletas de tamanhos variados e côres vivas e formosas.

Elle ia perdendo de dia para dia aquellas exterioridades artificiosas, que Magdalena por tanto tempo combatera em vão; ella, Christina, ganhando vida, actividade, soffrendo uma d'essas metamorphoses analogas ás da vida de borboletas, da infancia, estado de chrysalida para a imaginação, passava á verdadeira juventude, ao periodo em que a imaginação ganha azas, em que o coração se completa.