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Os montes, em recortes rigidos, calvos, com a pedra exposta, a reluzir de humidade, ou eriçados de hispidos mattos, resaltavam em aspero, mordente relevo, com os cimos resplandecendo sob uma nevoa de ouro. Docemente baliam placidos rebanhos. As casas abriam-se; homens, ainda estremunhados, vinham ás portas, bocejavam lançando por entre as barbas um halito brumoso.

Ao passo que os burguezes davam que fazer a Gonçalo Pires, escrivão de chancellaria e ao seu companheiro, na casa do capitulo, bocejavam os poucos cavalleiros que tinham adherido, como hoje se diz, ao pronunciamento do Porto, por vontade, ou circumstancias.

O escriptorio voltou ao primeiro silencio. A Praça estava quasi deserta. Como era terça-feira de carnaval, terminára mais cêdo a azafama do commercio. Os caixeiros bocejavam e o chiar da penna de Manoel Quentino augmentavam o effeito somnifero do logar. De repente porém foi mais ruidosamente interrompido o silencio por o «Trai larai, larai, larai, lai» do guarda-livros.

Dissemos que bocejavam; pois movimento, acção em poucos se notava, a não ser um alguns dos recem-chegados de Lisboa, dos quaes o mestre soubera captar a benevolencia com aquella largueza de mãos, que o deixaria rei das estradas de Portugal, se não fossem depois as garnachas, de que se queixavam então, e em alguns pobres infanções e simples cavalleiros.

Aldeãos corpulentos cabeceavam de somno ao calor do lume, e bocejavam de fome ao tinir dos pratos, que um creado do João da Ventosa principiava a pôr em cima da mesa. O João, sim, esse é que destaca de todo o grupo pela figura, pelos gestos, e pelo aspecto na realidade digno de exame. Será homem de quarenta e cinco annos, mas não inculca mais de trinta e oito.

Em cima, n'uma sala aconchegada, com a mesa cheia de talheres, fumegavam as terrinas; os passageiros, arripiados, bocejavam, tirando as luvas grossas de ; e eu comia o meu caldo de gallinha, estremunhado e sem vontade, ao lado do snr. Mathias, que conhecia sempre algum moço, perguntava pelo doutor delegado, ou queria saber como iam as obras da camara.

E a cada momento, como um dobre de finados, o chocalho badalava lugubremente, assustando o animalzinho, como se aquele fora o sinal para o transe derradeiro... Para maior desgraça, as noites eram sem lua. Encravadas na abóbada, as estrelas bocejavam dormentes, numa criminosa indiferença por aquela dor suprema de que eram as únicas testemunhas.

Não sei quantos seculos assim esperamos, Smith immovel, a dama e eu marchando desencontradamente e rapidamente para aquecer ao comprido do balcão de madeira, onde dois guardas d'Alfandega, escuros como azeitonas, bocejavam com dignidade. Da porta do fundo, uma carreta, em que oscillava o montão da nossa bagagem, veio por fim rolando com pachorra.

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