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Irreverente e altivo, passei coberta a fronte por monumentos altos, insensatos, em que orgulhosa demência de grandezas, poluindo com o fausto a divindade, num estranho tumulto de blasfémia e súplica, de mentira e verdade, de confissão ingénua e de impostura, pôs o sinal da cruz e da oração ao sagrado retiro em que confunde religião, vaidade, amor e ódio, fanatismo e doçura, mansidão, crueldade, perdão, vingança, cobardia e coragem, o nobre e o mísero, o sacripanta e o santo.

No olhar lhe fusilou uma colera santa, Recup'rára a Razão para perder a Vida, Saiu-lhe uma blasfemia ardente da garganta, Cambaleou afinal, como se fosse ferida, Deu tres ou quatro passos, Estendeu em convulsões galvânicas os braços, E abrindo, sufocada, a baixa porta, Sem um ai nem um beijo, Veiu cair exanime, morta, No meio do cortejo.

Bihé, 22 de setembro de 1861. Os grandes heroes que a historia proclama, a mór parte das vezes o são, assolando a terra, e devastando a raça humana. A esses, pois, tal titulo significa uma blasfemia!

O conego arriscou uma apoplexia ao ouvir a blasfemia do fidalgo. Teve forças para ir para casa embrulhar as escassas roupas e na mesma noite partiu para Sevilha queria morrer entre gente cristã, dizia. Não se despediu d'André, nem de mademoiselle, apenas um comprimento seco ao marquez. Fingiu este ignorar o que entre o filho e a mestra se passava. Continuavam no seu idilio.

Mentiu-me a liberdade, foi blasfemia! Foi engano, foi ilusão, e atraiçoou-me, atraiçoando a que me a vida! Vou levado de rastos neste mundo, guerreiro que nasci para ser vencido.

O Silveira sentiu ganas de contraditar a blasfémia; e sobranceiro a êste deletério contágio, como um decisivo gesto do seu protesto pessoal a tanta soma de imbecilidade e ingratidão, súbitamente, deixou por seu turno a vidreira e seguiu na pressurosa demanda do comendador, não fôsse algum mais diligente e esperto antecipar-se-lhe! e adquiriu para si o famoso lote n.^o 13.

Se hoje, porêm, relermos o opusculo de Antonio de Serpa e considerarmos as suas simpatias pela aspiração essêncial do anarquismo, e a coragem com que, sem receio das interpretações equivocas, veiu em defeza dos seus principios fundamentais, aquilo que algum dia levantou rumor de blasfémia e escândalo não se nos afigura mais do que uma ténue apologia de verdades quase axiomaticas, uma vaga e frouxa inclinação, timida e até nem sempre isenta de injustiça.

Viu-se na tela um Christo em furia, um visionario, Truculento, febril, colerico, incendiario, Como que um salteador fugido das galés, Na bôca uma blasfemia e no olhar um archote, Expulsando da egreja os christãos a chicote E expulsando do altar o papa a pontapés!

Mais fecundo que o Céo, creou o Inferno A blasfemia. Honra, pois, e preito eterno A Satan, que nos deu o blasfemar! Quem vos fez, céo profundo e luminoso, Terra fecunda, poderoso oceano, E a ti deu vida, coração humano, Que és todo um céo e um mar mysterioso,

No declive estreito dos outeiros e na sombra mais húmida das suas pregas, ao redor dos palácios e dos templos, como varridos em monturo abjecto para longe das grandezas que afrontavam, confundem-se e amontoam-se os casebres onde a fome e a sua negra corte de vícios, de loucura, de enfermidade e morte e blasfémia têm seus covís e dilaceram os mártires que a crueza dos ricos lhes votou.