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Seu afilhado do coração Fradique. Engenheiro na Palestina Paris, abril. Meu caro Bertrand. Muito ironicamente, hoje, n'este Domingo de Paschoa em que os céos contentes, se revestiram paschalmente d'uma chasula d'ouro e d'azul, e os lilazes novos perfumam o meu jardim para o santificar, me chega a tua horrenda carta, contando que findaste o traçado do Caminho de Ferro de Jaffa a Jerusalem!

E por perder essa fórma sobrevivente das civilisações antigas, o thesouro do nosso saber e da nossa inspiração fica irreparavelmente diminuido. Ninguem mais do que eu, decerto, aprecia e venera um caminho de ferro, meu Bertrand; e ser-me-ia penoso ter de jornadear de Paris a Bordeus, como Jesus subia do valle de Jerichó para Jerusalem, escarranchado n'um burro.

Os trabalhos de uns e as luctas dos outros completam-se mutuamente, e a sua união apressaria o dia, por todos desejado, da emancipação humana. Associamos-nos pois, de todo o coração ao generoso appêlo dirigido aos socialistas por Louis Bertrand, que é, ao mesmo tempo, um dos primeiros vulgarisadores do collectivismo e um cooperador pratico. «Á obra pois, companheiros, á obra!

Elle murmurava: «Pois sim, mas em Hespanha, de noite!...» A noite, longe da Cidade, sem telephone, sem luz electrica, sem postos de policia, parecia ao meu Principe povoada de surprezas e assaltos. acalmou depois de verificar no Observatorio Astronomico, sob a garantia do sabio professor Bertrand, que a noite da nossa jornada era de lua cheia!

Gustave Bertrand, no seu livro Les nationalités musicales, diz que a opera fôra cantada n'uma época politicamente calamitosa, que o libreto era deploravel, e que o desempenho orçára pelo libreto, com quanto os mesmos partidarios de Beethoven, reunidos em congresso, lamentassem ter de accusar o maestro de certa culpabilidade no desastre.

A musica do Cancioneiro da Ajuda tambem foi abandonada, por que foram substituidos nos costumes outros instrumentos e outras tonadilhas; no poema francez de Bertrand Du Guesclin, fala-se de cantores bretãos na côrte de D. Pedro I de Portugal.

Mas a illusão, Bertrand amigo, é tão util como a certeza: e na formação de todo o espirito, para que elle seja completo, devem entrar tanto os Contos de Fadas como os Problemas de Euclides.

Em 1867, enojado do viver, recolhe-se a Val-de-Lobos, a celebre quinta perto de Santarem em que se dedicou á cultura do azeite. Vinha a miudo a Lisboa e os seus logares predilectos eram a livraria Bertrand e a casa do duque de Palmella. De vez em quando quebrava o silencio a que se obrigou, publicando um ou outro opusculo sobre as questões d'occasião.

Ora, meu bom Bertrand, eu que não sou das Pontes e Calçadas, nem accionista da Companhia dos Caminhos de Ferro da Palestina, apenas um peregrino saudoso d'esses logares adoraveis, considero que a tua obra de civilisação é uma obra de profanação. Bem sei, engenheiro!

Que pura alegria essa para todos os entendimentos cultos que não sejam accionistas dos Caminhos de Ferro da Palestina!... Mas socega, Bertrand, engenheiro e accionista! Os homens, mesmo os que melhor servem o Ideal, nunca resistem ás tentações sensualistas do Progresso.

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