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Metastasio falando da imitação nos commentarios da poetica d'Aristoteles, nos explica em que consiste o verosimil que o imitador é obrigado a conservar na sua imitação: «O alvo do copista, diz elle, é que a sua cópia possa substituir o original, o do imitador é conservar a similhança possivel do objecto sem alterar a materia sujeita da imitação». Continua depois dizendo que o admiravel d'esta consiste nas difficuldades que venceu o artista: o que, em nosso entender, equivale a dizer que o bello consiste em vencer as difficuldades da imitação: lembremo-nos, porém, que por este mesmo tempo Batteux reduzia as artes a um principio a imitação da bella natureza; e louvemos a Deus pela unidade de doutrina de uma eschola que hoje com tanta arrogancia accusa de barbarismo e incerteza todos os principios litterarios que não se amoldam aos seus.

Descrevendo um monstro que imaginou, convida-os a rir do quadro que lhes apresenta e porque? o poeta a razão vanae fingentur species, Batteux paraphraseando accrescenta images vagues qui n'ont point de modèle dans la nature. E assim, o que for vão, o que não tiver typo na natureza nunca será bello. Pobre Homero!

Desde Batteux, Sulzer, Jaucourt e outros, as artes em geral e a poesia em particular foram definidas a imitação do bello da natureza. Esse principio se achava nos escriptos dos antigos, mas confundido com a idéa de que do artificio da imitação tambem resultava um prazer similhante ao produzido pelo bello.