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Continua a queixar-se da gota e mostra-se resolvido a ir fazer uma cura de aguas em Portugal de ali a mezes. Fala-me da guerra e da politica sueca, dando-me informações interessantissimas. Recomeçou a fazer versos, mas não os que desejava. lhe saem da penna bailatas, versos de zombaria, nos quaes transforma a tristeza em riso. Não o consolam.

Nas Bailatas, dadas a lume sob o pseudonymo de Ignacio d'Abreu e Lima, o fidalgo senhor do Castello de Anha, estheta enygmatico e extravagante, reuniu Feijó as composições d'este genero.

E deixou nas Novas Bailatas, cuja impressão se seguirá á d'este livro, uma segunda série d'essas originalissimas poesias, mixto singular de ironia e de sensibilidade, de graça buffa e de melancholia, que, ás vezes, parecem haver sido escriptas por um Pierrot, ao mesmo tempo sentimental e charivárico.

D'isso me fallava ás vezes, quando me escrevia, mas como d'uma intenção, não como d'um facto. Sol de Inverno e Novas Bailatas devem conter, portanto, as derradeiras producções poeticas de Antonio Feijó. São o fecho da sua obra e são realmente um remate superior, em que o seu talento e a sua arte se ostentam em plena maturação e plena mestria.

Com o Sol de Inverno, que, n'este volume, a luz da publicidade, e com as Novas Bailatas, que vão entrar no prelo, a obra poetica de Antonio Feijó encerra-se por duas magnificas affirmações do seu alto, delicado e gentilissimo talento. A sua Musa emmudece para sempre. A sua lyra quebra-se. Esses dois livros posthumos são o seu harmonioso canto do cysne...