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Acompanhava tres sujeitos, envoltos em capotes de baetão grosso de gola alta, cobertos com sombreiros de abas derrubadas, os quaes esperavam fóra da porta, no escuro, que elle désse ao tio o seu recado. Ao que parece os viajantes eram conhecidos do rendeiro, porque apenas o rapaz lhe disse, quasi ao ouvido, algumas palavras, este correu sem chapéu apezar da chuva, e encaminhou-se para elles.

Esta manta, de pano baetão, tem estampada a figura de um tigre, o que ao nosso companheiro, visto pelas costas, com o seu lenço na cabeça, os seus sócos, o seu chapeu de chuva, o aspecto de um Attila domesticado e doente. Viaja em companhia de uma sua prima, mais velha que elle, e de um pão de mais volumoso do que os dois primos juntos.

Hoje fui eu vêr esse desgraçado filho de uma senhora que conheci no paço, sentada ao lado dos reis. Achei-o vestido de baetão e panno pedrez. Perguntei-lhe se assim estava desprovido de fato. Respondeu-me que se vestira á proporção dos seus meios, e que devia á caridade d'um ferrador aquellas calças e jaqueta. Repliquei-lhe eu que escrevesse a seu pae para o vestir decentemente.

Algum dia o baetão, panno, ou veludo Da Senhora era o trajo mais sisudo, Com que de inverno andava reparada Dos grandes frios, e áspera geada; E inda, além de ser isto uso decente, Raras vezes se via huma doente, Hoje agoas ferreas, ares de Bemfica, Banhos de mar, remedios de botica, Vão as Senhoras pondo em tal frescura, Que vão fartas de fresco á sepultura. Ora pois, Portugal, eu te lastimo!

Nas redondezas do paço de Queluz, nas terras do Infantado, via-se ás vezes atravessar os campos, a , caçando acompanhado do seu falcoeiro, um homem de mais de meia estatura, de solidos hombros, faces morenas, barba rapada, mãos enormes, beiços sensuaes, grandes olhos negros, rasgados, peninsulares; vestia um casaco de baetão verde, calção preto, botas altas, de cava, com tações de prateleira e esporas de prata; usava um bonet azul, do prato largo, com vizeira.

Da portinha da horta sahia n'esse momento um homem moreno, escanhoado, de grosso casaco de baetão verde e botas altas de picador, que, galhofando e com uma força facil, levantou o enorme Jacintho até lhe apanhou a bengala de castão d'ouro que rolára para o lixo. Depois, demorando n'elle os olhos pestanudos e pretos: Oh Jacintho Galião, que andas tu aqui, a estas horas, a rebolar pelas pedras?

Não se pudera conter em cima, na cozinha, tomada d'um phrenesi agudo de curiosidade; descera na ponta das chinelas e collára o ouvido á fechadura do escriptorio; mas o grosso reposteiro de baetão estava cerrado por dentro, um ruido de lenha que se descarregava na rua abafava as vozes. A boa senhora então decidiu-se a entrar, «a dar os bons dias ao senhor parocho».