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V. de Lima, levantando-se, com os seus mestres, contra o atomismo, e acceitando ao mesmo tempo, com as sciencias physicas, a reducção da ideia de materia á de movimento, mostra mais uma vez a inconsistencia do monismo no terreno das ideias geraes da natureza e a falta de analyse segura que patenteia a concepção fundamental sobre que assenta.

Protegidos pela lei geral do atomismo, agitam-se no turbilhão universal da materia inconsciente: são «acasos da concorrencia vital», como diria Darwin; mas não confundir concorrencia com selecção natural; que a natureza é mais logica e demorada nos seus transformismos.

Declamar contra o atomismo é facil: evitar com uma palavra vaga e ao mesmo tempo pomposa as difficuldades que envolve a concepção da materia, é mais facil ainda: mas não é isso o que se espera de verdadeiros philosophos; e uma tentativa de philosophia da natureza, merecerá este nome, quando sobre a analyse das ideias de substancia, força e movimento se assente uma doutrina da materia que satisfaça ao mesmo tempo ás exigencias puramente racionaes da especulação e as mais praticas da indagação scientifica.

O nosso auctor levanta se desdenhosamente contra o atomismo. Entretanto o seu monismo, ou é cousa nenhuma, ou tem de se resolver na ideia de atomo. Pois o que está no fundo da concepção atomista? A ideia da descontinuidade da materia. Foi precisamente esta objecção que encontrou deante de si e contra a qual veio desmanchar-se a physica cartesiana com a sua ideia da materia-extensão.

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