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A carta de Fernando de Athaide rezava assim: «O meu amigo espera que eu de Londres lhe escreva, explicando a surpreza de uma procuração que lhe deixei, a fim de tomar conta na direcção dos meus haveres ahi, no caso de eu me demorar na Europa. Escrevo-lhe de Portugal, onde estou casado com minha prima Felismina.

Fernando de Athaide, conscio da brevidade do insulto nervoso, disse ao primo: Não volte a injuriar a pobre menina, que a mata a ella, e perde a minha estima. Eu hei de necessariamente fazel-a feliz. Se o não conseguir, maldigo a hora em que a conheci. Dias depois, Corinna sahira do seu quarto, pallida, desolhada e triste. O sangue mal lhe acudia ao pulso. As palavras sahiam á força de caricias.

Os zelosos procuradores de Fernando de Athaide obtiveram despacho para embargo dos fructos pendentes, fundamentando sua justiça em artigos que o leitor curioso póde ver de seu vagar no codigo. Foi, para este effeito, citado Gastão de Noronha. Era de mais: foi uma faisca que atiraram áquella alma cheia de rancor, que ameaçava explosão!

José Polycarpo fugira, no julgamento offereciam-se grandes premios a quem o prendesse. Luiz Bernardo Jeronymo de Athaide, conde de Athouguia, José Braz Romero, Manuel Alvares e João Miguel foram condemnados a perecerem n'um mesmo cadafalso, serem alli estrangulados, depois do que se lhe quebrariam pernas e braços, depois queimados e as suas cinzas deitadas ao mar.

O duque de Vizeu, o bispo de Evora, seu irmão D. Fernando de Menezes, Fernão da Silveira, D. Gutterres Coutinho, D. Alvaro e D. Pedro de Athaide, o conde de Penamacor e Pedro de Albuquerque eram os cabeças da insurreição; o bispo de Evora, porém, é que, como a aranha no centro da têa, urdia e combinava os planos.

Avaliavam-se os bens vinculados e as despezas feitas para os liquidar: eu dava o valor de tudo a Fernando de Athaide, e elle desistia do direito por conciliação. E o Antonio ficava pobre e a trabalhar toda a sua vida para remir a divida? Necessariamente. Com effeito! exclamou o doutor e dizem que não ha santos!

Antonio de Azevedo recebeu, ao mesmo tempo, tres cartas, afinadas todas pelo mesmo tom de felicidade. Abriu primeiro a de Corinna da Soledade: era uma surpreza desde o principio. Noticiava o casamento de Felismina com Fernando de Athaide, e os miudos successos decorridos até ás palavras proferidas por seu pae na occasião do brinde.

Foi D. Luiz de Athaide filho e neto d'essas familias desgraçadas a quem o inexoravel grande marquez de Pombal sacrificou sobre o horroroso altar do poder absoluto e de quem até pretendeu riscar os nomes da superficie da terra... Em verdade, era digno de ser observado por quem podésse bem avaliar o que são e podem ser os destinos do animal chamado homem... Quem o via, e não sabia quem era, o podia ter por um sordido e baixo môço de cavallariça.

Eu estava a tremer as maleitas, e ouvi um grande restolho debaixo da cama. Credo! que seria? Resei o credo em cruz, e fui vêr o que era... E que viste?! Era a gata que comia uma gallinha assada, que trago aqui, menos o pescoço que lh'o tinha ella comido. Está o jantar na mesa. Está, portanto, casada a senhora D. Maria Elisa de Sarmento e Athaide. Temol-a na rua das Flores, e deixal-a estar.

Apezar d'esta apreciação indicativa de escriptor e espirito menos de ordinarios, e incapazes de alçarem-se até onde a desgraça ergue pelos cabellos as suas preas, D. Luiz de Athaide, no conceito de Venceslau, incutia a um tempo compaixão, respeito e assombro.

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