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São os da cogitação, da inspiração, do genio; são os que elevam o engenho acima do vulgo; são os que trazem á terra as centelhas da infinita sciencia, da immensa sabedoria de Deus; são os que attingem os mysterios, as harmonias do universo, que o escriptor vem revelar; são aquelles com que aspiramos estas perennes emanações do Verbo que se espargem sobre a humanidade, transfusas pela intelligencia, e que se chamam a civilisação; são os que dão ao homem de letras uma especie de sacerdocio, o sacerdocio da imprensa.

Queremos que o Brasil continue a comprar os productos da nossa terra; queremos que a nossa exportação para cresça sempre; queremos que os generos portugueses sejam bem acolhidos pelo consumidor brasileiro. Sob o ponto de vista material é quanto desejamos. Moralmente aspiramos á mais perfeita intelligencia com os brasileiros.

A inteligencia, a fantatasia, são complexas, profusas, multiplas, por que são o mutavel, o progressivo, a porta por onde nos entra o mundo, o pulmão com que aspiramos e respiramos o universo, o imenso. A Catedral de Strasburgo é a grande obra da arte humana, o trabalho de mil inteligencias, o pensamento da humanidade n'uma época da sua vida; um Faust d'estrofes de marmore.

Diz-me, se num drama, se numa tragédia vigorosa uma tempestade formidavel, num paroxismo fatal, se desencadeasse toda, atingindo, por fim, um limite definido que a banalisasse, acaso admirarias esse drama, essa tragedia?... Pois bem, o indefinido a que na arte nós aspiramos, essa ancia de idial que mais do que o idial para nós vale, essa ancia, esse desejo infinito e jámais satisfeito deve encher a nossa vida que a mais alta expressão se tornará assim, da arte pura!...

Mas por doer, a lição nem por isso deixa de ser proficua. Agradeçamos a quem nos aponta implacavelmente, serenamente, o pouco que nós somos ante a Civilisação, ante o moderno Ideal, e o muito que precizamos caminhar, para merecermos o nome a que ouzada e immerecidamente aspiramos.

E que cousa é a ancia, a ancia em si, senão o limiar privilegiado dessa Vertigem Pura, o seu sintoma magnifico, a sua acentuação humana?... Ao indefinido na arte aspiramos pois, a um indefinido cheio de tortura, «rafiné» como o que o génio de Baudelaire compreendeu e quando essa tortura do Indefinido enche o intimo da nossa alma, então, cheia d'ancia e, assim, Nietzsche quasi a desejou ela quasi atinge o paroxismo eterno da Existencia que toda se debate na Vertigem Infinita!

Não somos do métier, nem aspiramos a critico de arte; mero amador, vendo talvez um pouco bem, sentindo a dentro da alma qualquer coisa de meigo, por uma paisagem triste, e qualquer coisa de vibrante em frente d'um retalho da natureza, que o sol banha luxuriantemente. Amando os quadros pela poesia que infundem, subjugado pela impressão, que nos deixa qualquer cousa que nos agrada.

Acaso pretendemos, desprovidos de tudo, reatar, na modalidade hodierna, a acção directora da phase do nosso esplendor? Porventura aspiramos ao que a Gran-Bretanha sabe imposivel á anullação da obra do espirito americano? Não nos illudamos.

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