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Ao passo que Garrett, um artista mundano, um politico amavel de salão, escrevia cartas sobre cartas para o Porto, a José Gomes Monteiro, que nada valia como politico, pedindo-lhe que promovesse a sua eleição por aquella cidade, berço de ambos, Alexandre Herculano lisonjeava-se em pleno parlamento, logo que ali entrou, de que não fizera um pedido, de que não escrevera uma carta para obter o diploma de deputado.

E julgo ter assim cumprido o meu dever de homenagem a um artista respeitado e querido. [Figura: Junto ao Cruzeiro ANTONIO JOS

Era de ordinário a vulgaridade do instinto que o dirigia, arrastando-o não raro a scenas ridículas; mas tambêm, uma que outra vez, a virtude suprema da emoção, transfigurando-o, o erguera a desgarradas alucinações de artista. Nesses altos, raros momentos de libertação êle sofrera, numa atónita inconsciência, o puro domínio da Beleza.

Laura foi creada pela mãe na adoração do pae, e pelo pae na adoração da arte. Possuindo raros dotes vocaes, o pae fez d'ella uma artista completa. Quiz tambem ensinar-lhe a tocar violino, mas ella tinha um outro instrumento melhor: a voz. A mãe jamais consentiu que Laura entrasse para o theatro.

As cartas do auctor das Miniaturas, as suas cartas inimitaveis e incomparaveis, porque não conheci nunca quem escrevesse cartas mais perfeitas perfeitas de graça, de simplicidade, de desleixo artistico revelam-n'o, preza de melancolias incuraveis e extranhas. Tinha preoccupações e infantilidades de artista.

Se tinha de ser aquelle o declinar de uma gloria, todos os astros lhe invejariam tão esplendido crepusculo. O povo inteiro applaudiu o artista. E quando voltaram a si do extase em que elle os tivera, acharam fechadas as portas da sacristia e nem vestigios da familia do Mosteiro. O povo dispersou pacificamente.

Demanda alimento ao mesmo passo substancial e de facil digestão. Pelo jornal se identifica o artista com a sociedade. Sabe o que se passa nas altas regiões de que elle vive esquecido toda a semana.

estamos em Lisboa na calçada do Sacramento, em casa do artista Francisco Lourenço. Estão os dois velhos á meza, onde o almoço lhes arrefece. Nenhum põe mão na comida. Encaram-se, e choram. Gracinda e Genoveva sahiram hontem para casa de seus maridos. Alli estão as cadeiras d'ellas, e sobre a meza as chavenas do almoço, e os guardanapos que lhes serviram dois dias antes.

Em 1891 a casa e quinta da Mitra tinham sido vendidas por 54 contos a certo advogado artista de Lisboa, cujas consultas então se pezaram a oiro, e que a Coronado trouxera ao seu serviço em não sei que trapalhadas juridicas, demandas, pleitos, que levariam parte dos caudaes.

A Arte tem os seus caprichos, as suas horas. Não é isso, replicou Ruy, em voz sumida. Perdôe-me V. Ex.ª a confissão que vou fazer-lhe e que a um grande artista póde fazer-se. A razão de taes desegualdades prende á minha maneira de ser. Vejo-me na Arte como num espelho. Melhor do que num espelho, pois me vejo intimamente. Eu pertenço a uma raça que vive odiada e odiando.