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Uma ponte de madeira, arremessada e trémula nos ares a grande altura, por cima das aguas escuras e raro alcançadas do sol, communica esta com a ribanceira ulterior, não menos carrancuda, fragosa, arripiada, e a pique.

Demais, o terrvel documento da minha juncção com a sordida Mary, a camisa de dormir aromatisada de violeta, cobria agora em Sião uma languida cinta de circassiana ou os seios côr de bronze d'uma nubia de Koskoro: a compromettedora offerta «ao meu portuguezinho valente» fôra despregada, queimada no brazeiro: as rendas se iriam esgaçando no serviço forte do amor; e rôta, suja, gasta, ella bem depressa seria arremessada ao lixo secular de Jerusalem!

Suspirei, amoroso e moído: e abria os lençoes bocejando quando distinctamente, através do tabique fino, senti um ruido d'agua despejada n'uma banheira. Escutei, alvoroçado: e logo n'esse silencio negro e magoado que sempre envolve Jerusalem, me chegou, perceptivel, o som leve d'uma esponja arremessada na agua. Corri, collei a face contra o papel de ramagens azues.

Mas a Ermelinda ouviu-os; protestou, debateu-se nos braços d'Alberto. que o não levassem, queria despedir-se d'elle, era a ultima vez que o via e arremessada pela impetuosidade da sua dôr, entrou na camara ardente; os homens tiravam o chapéo que servira apenas ceremoniosamente e ella pôde ver ainda o cadaver, na sua lividez mate, um fio vermelho ao canto do labio, o nariz afilado.

As aguas, rebentando ali á sombra de antigos choupos, ferviam de encontro ás fragas, e despenhadas espumaram batendo em cachões no leito da ribeira, que em baixo bramia arremessada por entre a bronca penedia. Aonde está D. Ordonho? Junto de Auzenda desmaiada! Com ella nos braços por entre as chammas, que lhe crestavam o rosto, não correu, voou baixando de andar em andar, até ao terreiro.

Mas por outro lado, era justo que eu, tendo sacrificado por elle tudo, desde o pudor intimo até á honra social, fosse agora arremessada como uma luva velha? Eu que tinha sido tudo quando se tratava da sua imaginação, não seria nada agora porque se tratava do seu interesse? Não me exilara eu por elle, do paraizo domestico?

Eu vi n'uma ilha arremessada Ás solidões do mar, entre os dous mundos, Vestigios de volcões que hão sido extinctos Em não-sabidos seculos. Scintillam, Aqui e alli, nos areientos plainos, Onde espinhosas sarças vegetam, Restos informes de metaes fundidos Pelas chammas do abysmo, entre affumadas Pedras que em parte amarellece o enxofre, Que a lava em rios dispersou, deixando delle a côr em lascas arrancadas Das entranhas dos montes penhascosos. A natureza é morta em todo o espaço Que ella correu, no dia em que, rugindo, Da cratéra fervente, á voz do Eterno, Desceu ao mar turbado, e elle, escumando, A engoliu e passou, qual sumiria De soçobrada nau celeuma inutil. Tal é meu coração. Bem como a lava

E quando ella via toda a minha Alma arremessada para ella, tinha o fechar de olhos, abria o sorriso celeste, e eu fugia com medo de mim e com medo d'ella. Como? Uma creança ingenua! Era preciso fugir! Um dia tive que partir. Tinha, na pequena cidade, perdido largos mezes. Fui a uma ultima entrevista, chorei como uma creança ao dizer-lhe a magua immensa de a deixar.

Por isso eu trabalho, para servir o brazão e o nome! exclamou ella, saltando ligeiramente para a caleche, como se fugisse, arremessada aquella clara confissão. O trintanario trepára á almofada. E em quanto os cavallos folgados largavam, aos corcovos, D. Maria ainda gritou: Sabe quem encontrei em Villa Clara? O Titó! O Titó?... Chegou do Alemtejo, vem jantar comsigo.

Sentado á meza, o principe da Igreja Inclina a calva fronte aos seios tumidos D'uma hespanhola, cujo olhar flammeja, E em cujos labios humidos, Rindo, o prazer de beijos s'enebria! Ao vêr-te assim, myrrada Pelos impuros halitos da orgia; Ao vêr-te assim, na sombra, arremessada Dos canteiros nataes a impura alcôva, Quem ha que se commova, Pobre flôr dos jardins da Andaluzia?

Palavra Do Dia

stuart

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