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fora vae um redemoinho de sol os cavallos do carroussel... Arvores, pedras, montes, bailam parados dentro de mim... Noite absoluta na feira illuminada, luar no dia de sol fóra, E as luzes todas da feira fazem ruido dos muros do quintal... Ranchos de raparigas de bilha á cabeça Que passam fóra, cheias de estar sob o sol, Cruzam-se com grandes grupos peganhentos de gente que anda na feira, Gente toda misturada com as luzes das barracas, com a noite e com o luar, E os dois grupos encontram-se e penetram-se Até formarem um que é os dois... A feira e as luzes da feira e a gente que anda na feira, E a noite que pega na feira e a levanta no ar, Andam por cima das copas das arvores cheias de sol, Andam visivelmente por baixo dos penedos que luzem ao sol, Apparecem do outro lado das bilhas que as raparigas levam á cabeça, E toda esta paysagem de primavera é a lua sobre a feira, E toda a feira com ruidos e luzes é o chão d'este dia de sol...

Escute-me, disse o velho. Sou todo ouvidos!... Não se vive de ar: não lhe parece?

Era uma carta. Escondi-a sofregamente, fechei os cabellos, escondi o cofre e as minhas cartas no sacco de noite, e palpitante de commoção sahi do meu quarto, e fui respirar no escuro d'uma varanda, onde presumia não encontrar alguem. «Apenas sorvi um hausto de ar, que me chegou ao coração impregnado das auras balsamicas da minha mocidade, ouvi um respirar alto e tremente.

Ali ſublime o Fogo eſtaua encima, Que em nenhũa materia ſe ſuſtinha, Daqui as couſas viuas ſempre anima, Deſpois que Prometeo furtado o tinha: Logo a pos elle leue ſe ſublima O inuiſibil Ar, que mais aſinha Tomou lugar, & nem por quente, ou frio, Algum deixa no mundo eſtar vazio

E quando o vento acalma é para saltar ao ponente ou ao sul. A rajada não silva da montanha: uma bafagem tepida vem da banda do mar; mas o ceu está toldado e o ar humido: o dia passa melancholico e pesado sobre a bonina que a nortada açoutou: ella não pôde saudar o sol no oriente: está pendida e murcha como a ventania a deixára.

Isentou-se de estranheza o clamor de Tiberio Graco, quando clamava ás multidões que o cercavam: «Os animais bravios que estão espalhados pela Italia teem suas tocas e cavernas onde podem abrigar-se, e os que combatem, que derramam o seu sangue em defesa da Italia, não teem outra propriedade senão a luz e o ar que respiram; sem casa, sem morada certa, vagueiam por todos os lados com as mulheres e com os filhos.

As bozinas resoavam; um grito d'animal ferido perdia-se no tumulto sacro; por cima das tiáras brancas duas mãos vermelhas erguiam-se ao ar sacudindo sangue; da grelha do altar resaltava, avivada pelos oleos e pela gordura, uma chamma d'alegria e de offerta; e o fumo avermelhado e lento ascendia serenamente ao azul, levando nos seus rolos o cheiro que deleita o Eterno.

E, na sua fraqueza, o espirito humano amortece, desespera e cáe quando apagado ou destruido o symbolo em que para elle estava, mesquinhamente, a realidade inteira. O funesto acaso da queda de um cavallo, matando o principe Affonso , foi para D. João II como o tiro do caçador, quando n'um instante precipita, ás voltas, o passaro que de azas pandas vogava, inebriado, no oceano do ar e da luz.

De repente, uma ululação selvagem rasgou o ar. E eu senti aquella massa avida arremessar-se sobre as carretas que defendiam a porta em semi-circulo: ao choque todo o madeiramento da Estalagem da Consolação terrestre rangeu e oscillou... Corri á varanda.

Tudo isto, e infinitamente mais, tudo quanto era Natureza, desterrou-o a mão do homem quando desarraigou as arvores para plantar os seus estirados colmeiaes de pedra; desterrou as relvas, e as seáras, para assentar as praças; calçou as ruas, que não despontasse olhinho verde; multiplicou as fabricas, o commercio, o estrondo, para que os harmoniosos filhos do ar muito por alto, e fugindo, se aventurassem a atravessar tão desmedida e nevoenta cratéra de prosa, de cuidados, de fadigas, e de desgostos.

Palavra Do Dia

stuart

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