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Como se as doze garrafas se me figurassem outras tantas botelhas de Leyde a descarregarem electricidade sobre os meus grandes-sympathicos e regiões limitrophes, saltei da cama, e fui receber o meu vinho a minha salvação a Santa Apolonia.

Um dia, ao amanhecer, depois de grandes abraços da tia, partiu para Santa Apolonia, com um gallego que lhe levava o bahú. A madrugada rompia. A cidade estava silenciosa, os candieiros apagavam-se.

Quando chegou a Santa Apolonia a claridade do sol alaranjava o ar por detraz dos montes da Outra-Banda: o rio estendia-se, immovel, riscado de correntes de côr de aço sem lustre; e alguma vela de falua passava, vagarosa e branca.

Bem mais justo era o horror que lhe inspirava, na vida social de Lisboa, a inhabil, descomedida e papalva imitacão de Paris. Essa «saloia macaqueação», superiormente denunciada por elle n'uma carta que me escreveu em 1885, e onde assenta, n'um luminoso resumo, que «Lisboa é uma cidade traduzida do francez em calão» tornava-se para Fradique, apenas transpunha Santa Apolonia, um tormento sincero.

Uma aragem tepida e balsamica cahia do ceu azul e envolvia n'um doce torpor voluptuoso e suave os nervos dos lisboetas que madrugavam voltando de Cintra ou desembarcando na gare de Santa Apolonia. Foi dominado por essas influencias do clima, da paizagem, dos aspectos da natureza, que o sr.

Chegaram a Santa Apolonia depois da meia noite, despediram-se da sua companheira de viagem, que lhes agradeceu a amabilidade com que a trataram, mas, como era natural, todos elles desejavam seguil-a para ficarem sabendo onde morava em Lisboa aquella mysteriosa dama, que tanto lhes dera no goto.

Finalmente, o carregador voltou, sacudindo a chuva, affirmando que não havia uma tipoia em todo o bairro de Santa Apolonia. Mas que hei de eu fazer? Hei de ficar aqui? Pois n'esse caso elle não via solução, a não ser que por acaso alguma caleche, tresnoitada e trasmalhada, viesse a cruzar por aquellas paragens.

Um formigueiro de povo esfervilhava em Santa Apolonia; os trens de praça alinhavam-se, convidando os viajantes. Illuminações no Tejo e no largo da Estação davam á cidade o aspecto d'uma creação feerica.

Entretanto o irmão do morgado, o visconde de *, recebia em Lisboa o telegramma, e chamava o escudeiro para dizer-lhe: Esta noite estarás em Santa Apolonia á chegada do comboio. N'uma carruagem, que segundo o costume será de primeira classe, hade vir o sr. Felix Telles, que tu conheces muito bem. Seguil-o-has, sem que te veja. Se tomar um trem, toma tu outro. Deve apeiar-se á porta do Hotel Alliance. Ahi, logo que chegue ou pouco depois, dará ordem ao criado para que lhe buscar ao guarda-roupa do Cruz, na rua Larga de S. Roque, um dominó preto. Esperarás os acontecimentos parado em frente do hotel. Certificar-te-has se effectivamente sae do Alliance um homem de dominó preto. Esse homem será o sr. Felix Telles. Logo que elle saia, tomar-lhe-has dianteira, correrás ao theatro da Trindade. Encostados á casa do bengaleiro estarão os meninos e, quando o sr. Felix Telles entrar, dir-lhes-has:

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