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Esta exclamação pronunciou-a Candida desprendendo-se do amplexo do marido e dando um pulo para o leito. Anda, fala, menina, que tolice é essa? Então apaga a luz, primeiro; póde ser que ás escuras eu me sinta mais animosa! .... Roberto soprou a luz da véla e disse deitando-se: Agora....

No dia 8 de agosto, por volta do meio dia, qual não foi a surpreza dos dois amigos quando, encostados á porta de Elephante azul, viram chegar uma carruagem com um passageiro dentro. Eureka! gritou um. Apaga a lanterna de Diogenes! exclamou o outro. O passageiro apeiou-se do trem e, sem entrar na loja do Elephante azul, seguiu para o interior da villa. Vae installar-se, disse um.

O nome da ociosidade Soa mal, mas se ela é , Bem empregada em vontade, Socrates da liberdade Sempre lhe chamou irmã! Dou vos Enio por autor: Quem não sabe usar do ocio Cansa e anda d'arredor, Que vem a têr mais negocio Que um grande negociador. Que ó menos sabe apos que anda, Estoutro a si não se entende, Quanto anda, tanto desanda, Não se obedece nem manda, Ora se apaga, ora acende.

Crês então que vicio e virtude são coisas indifferentes, visto que tudo se apaga ao mesmo gelido sopro e tudo resvala com o homem ao abysmo do Nada? Não. Explica-te. Do homem subsistem as ideias, os pensamentos, os actos bons ou maus de toda a sua vida. Esses não tem a Morte o poder de os anniquillar. Pois bem; visto que assim é, dize-me: De quem é esse craneo? De um meu irmão.

Parou com as mãos esquecidas sobre o teclado: Foi talvez como n'uma noite d'estas, disse ella. Estamos em plena legenda. O terraço batido da agua, a lua, os velhos amigos reunidos, a lembrança da pobre amante, que se apaga na memoria d'elle, o presentimento da morte... Que linda noite para o rei atirar a sua taça ao mar!

Sim: foi a Morte, foi, que lhe mostrou O que havia de belo e de perfeito Na sua escura e misera existencia, Com esse gesto descarnado e gélido Que os sorrisos apaga e que amortece Todas as vãs palavras e ironias, Derramando nas Cousas esta sombra Infinita e profunda que se chama Seriedade, Religião, Misterio... Novembro de 1912. Biblioteca da RENASCENÇA PORTUGUESA A Águia Revista mensal.

Emmudece-te, ó lyra; e tu, ó noite, Apaga o teu luar, Das trevas no pallor deixa-me um sonho Com Elysa sonhar.

Tu, cujo alento Se esvái, como da cerva a leve pista No se apaga ao respirar da tarde, Do seio dessa terra, em que és estranho, Sair fazes as moles seculares, Que por ti, morto, falem; dás na idéa Eterna duração ás obras tuas. Tua alma é immortal, e a prova a déste!

Segue a sua jornada paciente o poeta cuja fronte a Dor beijou. A macerada face da visão jamais se apaga nos seus doces olhos, humildemente isentos de desanimo, suavemente escravos dum poder que sem cessar o fortalece e ampara nas provações mais ásperas do mundo.

Depois das bodas de oiro, Da hora promettida, Não seí que mau agoiro Me ennoiteceu a vida... Temo de regressar... E mata-me a saudade... Mas de me recordar Não sei que dôr me invade. Nem quero prosseguir, Trilhar novos caminhos, Meus pobres pés, dorir, roxos dos espinhos. Nem ficar... e morrer... Perder-te, imagem vaga... Cessar... Não mais te vêr... Como uma luz se apaga...