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Corinna esperava a vespera da partida, com não menos alvoroço, para entrar no mosteiro de Santa Anna. Sorriam-lhe da sua cella as tristezas e a soledade em que o desafogado coração se gosaria livre, livre para ir-se além-mar, nas longas cartas, escriptas sem medo de ser surprendida, pedir ao digno moço que lhe acceitasse a reclusão, tão voluntaria, como prova de seu esperançado amor.

Peço desculpa de não principiar pelos offerecimentos do estylo: julgo que minha mulher saberia fazer-lhe o que chamam as honras da casa?... A senhora D. Anna recebeu-me como uma senhora distincta costuma agasalhar um companheiro de infancia, um como irmão respeitoso e lealmente affeiçoado.

E, se prevesse tamanha generosidade da Snr.^a D. Anna, agarrava elle um mólho de chaves, até enfiava uma opa preta, para mostrar e para embolsar... Pois é o que devia ter feito! exclamou D. Maria, com um corisco nos espertos olhos. E decerto se lhe davam os cinco tostões! Porque sempre sería mais instructivo que o homemsinho, que mascava, não sabia nada!... Semelhante morcão!

Espera oito dias como a irmã Anna sem ver apparecer nada: a vaccina não pegou; tentativa abortada; ahi tem de voltar á obra porque adiante de tudo está a formosura.

Anna, o que fazes e o que tens feito. Com teu pae não ha segredos nem disfarces.» E, depois, disse muito zangado: «Respondes ou não? Se a tua boa estrella te dér por marido Venceslau, agrada-te este casamentoEu que havia de responder, Lulu? Dize , tu que respondias? Eu sei, filha!.. essas respostas sabe dal-as quem se nos apertos de taes perguntas. Respondeste que sim?

Quando Venceslau Taveira, entre severo e jocoso, lhe feriu o melindre com as ironias allusivas ao legendario D. Juan e á sacrificada filha do commendador, o mysterioso amador de D. Anna Vaz estava prevenido. O ingrato acceitára as insinuações offensivas do caracter do seu amigo. Não duvidou serem ciumes os brios, d'outro modo inexplicaveis, do seu mentor gratuito.

E Venceslau mergulhava uma profunda vista d'alma no abysmo d'onde sahiam aquellas lagrimas. Tudo trevas. Eu suppuz que a pobre Anna Vaz te escrevêra... tornou Venceslau, procurando desassombrar o silencio em que estiveram alguns segundos. Não... disse ella, cobrando alento do insuspeito ar do marido. Recebi este bilhete do commendador, e sahi immediatamente das côrtes.

Molestavam-na saudades da côrte, das pompas das camaras reaes, e dos amores de sua feição e molde, que immolou ao capricho da rainha. Este desgostoso viver, porém, não impeceu a reproduzirem-se em dois filhos e quatro meninas. O mais velho era Manoel, o segundo Simão; das meninas uma era Maria, a segunda Anna, e a ultima tinha o nome de sua mãe, e alguns traços da belleza d'ella.

Esses receios passaram. Agora conheço que não ha commum entre nós senão uma amizade illimitada até á honesta confiança. Nunca podia-lhe ser outra cousa... Fallei muito de mim. Quer que lhe falle de Rosa? Depois da sua partida, a filha de Anna do Carmo foi viver na companhia de sua mãe, levando comsigo a viuva do negociante da rua das Flôres.

Eu não podia ser amado, porque os meus breves instantes de conversação com a snr.ª D. Anna foram sempre alheios da minima referencia ao amor, ás vagas coisas do coração com que as horas se aligeiram e saboreiam nas salas, segundo julgo da intimidade dos que são ou dos que parecem ser felizes.

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