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N'um dos mais centraes, fronteiro a uma janella de assentos, habitava Maria; D. Anna Lucinda á direita, no immediato. Voltado de costas para a janella, ou passeando por diante d'aquellas portas, distinguia, ora n'uma ora n'outra cella, as praticas de ambas; ouvia as suas conversações em voz baixa; deliciava-me com a doçura das suas falas, que eu não conhecia.

Agora, minha boa mãe, deixe-me dizer-lhe mais, que outro sentimento, não menos forte do que o meu amor por Arthur, me obriga, e me domina: é a gratidão pelo generoso procedimento da nossa Anna.

Foi a do proximo casamento de Bertha, que a Anna do Védor lhe deu, respondendo assim com ar triumphante ás duvidas que elle em tempo antepozera contra tal união. Anna assegurou-lhe que Bertha e toda a familia haviam acolhido com favor a ideia, e que o mesmo Jorge a apoiára. Esta revelação impressionou Mauricio. Seria possivel que Bertha não sentisse por elle affecto algum?

Queres que eu me deixe ficar socegada? tracta de me apparecer com outra cara. Senão, não te queixes. Jorge, que conhecia por experiencia os repentes da ama, ainda insistiu por muito tempo. Ella porém, respondendo-lhe com evasivas, conseguiu separar-se sem haver promettido coisa alguma. A Anna do Védor seguiu por muito tempo com olhos tristes Jorge que se afastava lentamente.

Perto da caleche, Gonçalo pensou que outra volta pelo adro, mais lenta, com a D. Anna e o seu fino aroma, seria doce, n'aquelle socego da tarde que findava, tingida de tão lindas côres de rosa sobre os pinheiraes escurecidos. Mas o trintanario se acercava segurando a sua egoa.

Sim! o pae carniceiro, o irmão assassino... Mas tambem elle, entre tantos avós até aos Suevos ferozes, descortinaria algum avô carniceiro; e a occupação dos Ramires, atravez dos seculos heroicos, consistira realmente em assassinar. De resto o carniceiro e o assassino, ambos mortos, sombras remotas, pertenciam a uma Lenda que se apagava. D. Anna, pelo casamento, subira da Populaça para a Burguesia.

Esta, a meu pensar, parece ser a natural interpretação das raras visitas, e essas pouquissimo expansivas, que as duas damas se trocaram. Entretanto, D. Anna explicava as suas faltas com os cuidados da maternidade, porque então era mãe.

Se ha n'isto poesia, confessemos que em casa de cada mercieiro ha inspirações para tres opopêas. E porque não iria Anna Vaz passar as noites com a sua amiga? Por que não ía Julia esparecer saudades da juventude, se as tinha, na familiar convivencia do commendador?

A mais velha das meninas, Anna Maria, sobreviveu dois mezes a sua mãe, e acabou em phrenesis, não obstante os exorcismos com que valentes demonifugos de todos os conventos de Aveiro lhe medicavam a alma.

Ahi está por que Deus não manda chuva, e mandou a praga dos francezes para nosso castigo... é por causa da Anna Canastreira, e outras que taes... Aquella grande regateira! Atrever-se a pôr a bôca na minha honra! E ella?