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As anemonas parecem-me chagas que sangram. Tenho medo, um grande medo, como se fosse caminhando para a morte. Que tumulo é aquelle que apparece além, tão alto, tão negro, sob o vôo dos corvos? José seguiu com o olhar a direcção do gesto de Maria. O que vês são as muralhas de Jerusalem, onde chegaremos antes do pôr do sol.

José evitava os pousos, fugia aos rumorosos aduares, mettendo por atalhos para evitar a chacota da gente nomade. Justamente atravessavam uma trilha deserta quando ouviram um choro triste e deram de rosto com uma moça morena que trazia nos braços uma criança inerte. Pós ella uma pequenita, com abundancia de flores, ainda varejava os mattos procurando anemonas.

Ai! de mim... A saudade mudará o leite dos meus peitos em lagrimas para os meus olhos. Pobre de mim! Coitada de mim! E a moça deixou-se cahir á beira do caminho apertando nos braços o corpo do filho morto. A pequenita continuava a rebuscar anemonas. Maria inclinou-se compadecida sobre o cadaver e duas lagrimas da sua piedade rolaram na fronte gelida do defunto.

Tudo acabou... Anemonas, hydrangeas. Silindras, flôres tão nossas amigas! No claustro agora víçam as ortigas, Rojam-se cobras pelas velhas lageas. Sobre a inscripção do teu nome delìdo! Que os meus olhos mal podem solletrar, Cançados... E o aroma fenecido Que se evola do teu nome vulgar! Ennobreceu-o a quietação do olvido. Ó doce, ingenua, inscripção tumular. Singra o navio.

A estrada, a duas horas de Sichem, pelos montes, larga e suave, com acceitosas sombras de sycomoros e de amendoeiras, era toda orlada de anemonas vermelhas e de margaridas brancas e amarellas.

A boca, de labios cerrados, livida, era como o leito secco de uma torrente que o sol exhauriu e estalou. Não se movia e, tão rigido, tão frio estava que a illusão do amor podia ainda emprestar-lhe vida. A pequenita continuava a rebuscar anemonas cantando.

Docemente, com um tremulo murmurio, fluiam pelos canaes de rega as aguas levadias, e as vozes soturnas dos bois soltos, errando, de vagar, no campo restolhado, soavam como gemidos. Os peregrinos seguiam uma vereda suave, entre debruns de anemonas. Maria parava de instante a instante, arfando.

Dir-se-iam anemicas as flores palidas, as anemonas de seda velha, de cera transparente, que por toda a parte deixavam cair, de cançadas, as petalas finas. E nos caminhos a areia preta era crusada pelos veios das hervas rasteiras, coberta pelos galhos dos arbustos, aqui sacudiam-se rosas, alem os geranios frescos. Pelos troncos direitos das arvores a hera enroscava-se, a subir.

Se d'um lado, á sahida de Jaffa, a propria caravana da Rainha de Sabá, com os seus elephantes e onagros, e estandartes, e lyras, e os arautos coroados de anemonas, e todos os fardos abarrotados de pedrarias e balsamos, infindavel em poesia e lenda, se offerecesse ao homem do seculo XIX para o conduzir lentamente a Jerusalem e a Salomão e do outro lado um comboio, silvando, de portinholas abertas, lhe promettesse a mesma jornada, sem soalheiras nem solavancos, a vinte kilometros por hora, com bilhete d'ida e volta, esse homem, por mais intellectual, por mais eruditamente artista, agarraria a sua chapelleira e enfiaria sofregamente para o wagon, onde podesse descalçar as botas, e dormitar de ventre estendido.

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