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Do p'rigo fogem os pés, Do diabo o coração. Dizeis-me que nessa briga Do meu coração fugis. Ainda qu'eu isso diga... Ah minha doce inimiga! Bem sinto que me sentis. Mas para que me chamais? Manda-vos minha Senhora Que chegueis daqui ao cais, E algumas novas saibais D' Amphitrião nesta hora. Quem as não sabe de si, D'outrem como as sabera? Não as sabeis vós de mi.

Mas ja que minh'alma está Sem culpa do que padeço, Seja o que for; qu'eu conheço Que a verdade me porá No qu'eu pola ter mereço. Bromia? Senhora. Hi mandar A Feliseo, que Meu primo Aurelio chamar; Que lhe quero perguntar Que conselho me dará. E pois que Amphitrião Vai buscar somente quem Lhe ajude a sua tenção, Quero eu ter aqui tambem Quem me defenda a razão. Jupiter, Alcmena e Sosea.

Sósea parece que ouvi: Alviçaras, minha Senhora, Que na falla o conheci. Alcmena, Bromia, Jupiter, e Mercurio. Zombais, Bromia, por ventura? Senhora, não zombo, não. Vejo eu Amphitrião, Ou a vista me afigura O qu'está no coração? Olhos, diante dos quais Desejei mais este dia, Que nenhuma outra alegria, Senhora, nunca creais Que lhe minta a phantasia.

Porque por demais dizeis? Porque nada alli ha certo. Novas não as busqueis, Que aqui as tendes mais perto. Pois dae-mas ja, se as sabeis. Hum navio he ja chegado Á barra, que vem de ; Traz de Amphitrião recado, Diz que o deixa embarcado Para se vir para . Tẽe vencido aquelle Rei; E diz, segundo lhe ouvi, Qu'esta noite será aqui.

Amphitrião, qu'em teus dias Vês tamanhas estranhezas, Não t'espantem phantasias, Que ás vezes grandes tristezas Parem grandes alegrias. Jupiter sou manifesto Nas obras de admiração, Que por mi causadas são: Quiz-me vestir em teu gesto, Por honrar tua geração. Tua mulher parirá Hum filho de mi gerado, Que Hercules se chamará, O mais valente e esforçado, Que no mundo se achará.

De se tornar tão asinha Sinto tanto entristecer O sentido e alma minha, Que certo que me adivinha Algum novo desprazer. Mas parece este que vem, Se não estou enganada: Se elle he, venha com bem, Pois que com sua tornada Tão transtornada me tem. Amphitrião, Alcmena e Sosea. Com que palavras, Senhora, Poderei engrandecer Tão sublimado prazer, Como he ver chegada a hora, Em que vos pudesse ver?

Ora dá-me essa capa E vamos ver o que quer: Não trates de mais razão, Pois não ha quem te resista. Que vejo? outra novação! Que he? Ou me mente a vista, Ou eu vejo Amphitrião. Eu ouvi a Feliseo, Quando trouxe o recado, Como elle era chegado, E quiz-me dizer que veo Do siso desconcertado. Isso quero eu ir saber, Pois que tal cousa se sôa. Aurelio e Amphitrião.

E ja que são tão incertos Teus ditos para se crer; Muito melhor deve ser Que deixe teus desconcertos, E va ver minha mulher. Que fado, que nascimento De gente humana nascida, Que d'escasso e avarento, Nunca consentio na vida Perfeito contentamento! Amphitrião, que mostrou Hum prazer tão desejado A quem tanto o desejou; Na noite, que foi chegado, Nessa mesma se tornou!

Isto vos hei de dizer, Que m'ensinou minha dor: Se quizerdes leda ser, Nunca exprimenteis amor Em quem vo-lo não tiver. Deixae-me ir; não me tenhais. Amphitrião, não choreis! Amphitrião! Que quereis, Ou para que nomeais Homem, que ver não podeis? Amphitrião, s'eu causei Com manencória pequena Cousa, com que o magoei; Eu quero cahir na pena Dessa culpa que lhe dei.

Deus sabe! murmurou o amphitrião defendendo uma perna de perdiz da insaciavel voracidade da filha! Daria tudo para que esse infeliz tornasse á vida, disse D. Maria Egypciaca dirigindo-se ao commendador. Como estará a sua pobre familia! ajuntou ella despejando um copo de vinho do Rheno.

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