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Das damas da côrte de D. João III, dizia Jorge Ferreira de Vasconcellos: «todas são mui próvidas em não estarem sobre uma amarra por não ser como o rato que não sabe mais que um buraco» e talvez pensasse em Camões quando escrevia: «Elle cuida que por discreto e galante ha de vencer tudo: eu quizera-lhe muito mais dinheiro que todas suas trovas, porque este franqueia o campo, e o al é martellar em ferro frio ».

Começámos então a sentir por cima das cabeças os passos apressados dos marinheiros, e um som estranho, como de mar quebrando ao longe em agra penedia. Este som, semelhante ao disparar de artilharia por sotavento, approximava-se gradualmente. D'ahi a pouco ouvimos correr rapidamente a amarra pelos escovens. Era incrivel que tivessemos chegado tão depressa ao termo da nossa viagem.

E os Reis Mouros para comprimento do proposito com que vieram, acordaram que com a maior força que nelles houvesse viessem logo ferir no arraial dos Christãos, e que tambem as suas Galés, que tinham tomada uma nao de Portugal com duzentos homens e jazia na entrada do porto de Setuvel, juntamente pozessem fogo á frota dos Christãos, que jazia sobre amarra, mas os Christãos receosos deste dano, e avizados para esto, pozeram tal guarda e defenção na frota, que os Mouros o não cometeram, e foi sempre delles segura, e uma segunda feira como foi manhã sairam do arraial dos Mouros cinco de Cavallo corredores, e como chegaram, e viram o assento do arraial dos Christãos logo volveram ao seu, e sobre esto abalou todo junto o seu Exercito em que havia tantas gentes, que toda a terra cobriam, trazendo comsigo tão grande estrondo de alaridos, e gritas, e com tantos sons de trombetas, e outros desvairados instrumentos, que a qualquer coração por abastado de esforço que fora não leixára de tocar de grande medo, e muito espanto, pelo qual os Christãos havendo-o assi por milhor, sairam a elles de suas estancias, postos em suas batalhas ordenadas, e com muita ardideza uns aos outros logo se cometeram, e feriram, em que da uma parte, e da outra houve cruel, e bem ferida peleja com mortes, e feridas de muitos, e daquella vez se diz que os Mouros levaram a vantagem da batalha, com a qual se recolheram em seu arraial.

Como um barco sem amarra, Navego, turgidas vellas, E desafio as estrellas, Á noute, sobre a guitarra! E a cabello louro ou preto Fragillidades do barro! Envio sempre um soneto Na mortalha d'um cigarro! Erro sem norte e sem tino! Ninguem m'estende o seu braço! Quer-me por força o destino Comendador ou palhaço! *Postscriptum.* Desculpa-me, flor amada! Ó minha Musa divina!

Ao poste vil amarra o lubrico ideal Que expira, emfim, talhando a funebre mortalha Na vossa trança gasta, ó muzas da canalha Que apenas revoaes do olimpo ao hospital! Eu canto-vos, mulher, por que vos tenho visto Na palpebra vermelha a lagrima d'amôr, Que vem d'Eva a Maria a doce mãe de Christo Formando a stalactite immensa d'uma dôr!

« Eu bem sei de quem tu gostas, p'ra ella podes cantar; é clara, tem olhos pretos, olhos que te hão de matar. « Na barra do teu vestido anda preso um coração, menina, minha menina, da minha veneração. « O sipó do matto virgem amarra o jacarandá; assim, morena, em teus olhos ando eu bem preso . « Fui ao matto cortar lenha e encontrei a jurity, ella tinha os seus amores como os eu tenho por ti.

Galeras doidas por soltar a amarra, Cidade de morenos marinheiros, Com navios entrando e saindo a barra De prôa para paizes extrangeiros! Uns p'ra França, acenando Adeus! Adeus! Outros p'r'as Indias, outros... sabe-o Deus! Ó Lisboa das ruas mysteriozas! Meiga Lisboa, mystica cidade! Teus sinos, breve, dobrarão por mim. Mandae meu corpo em grande velocidade, Mandae meu corpo p'ra Lisboa, sim?

Do sepulcro brota o loiro, e a posteridade amarra a elle os inimigos dos amigos dos homens, os areopagitas idolatras envenenadores dos Socrates crentes. Mas as cinzas não sentem; as estatuas não vêem nem ouvem. «O premio que eu devaneava a principio, quando via tão ás claras a bondade da obra que estava fazendo, era que os filhinhos, e as mães, me acompanhariam, chorando, ao cemiterio.

Com um alarido d'aguenta! endireita! alça! n'um desesperado esforço o robusto corpo branco foi mergulhado n'agua até ás virilhas, arrimado ao mais alto pilar, depois n'elle atado com um longo calabre que, passando pela argola de ferro, o suspendia, sem escorregar, tão seguro e collado como um rôlo de vela que se amarra ao mastro.

Mas, é que assim era o fado... ; tempo e homem virão para me libertar, quebrando o encantamento que me amarra; duzentos anos hão de findar; eu esperarei no entanto, vivendo na minha tristeza seca, tristeza de arrependido que não chora... Tudo o que me volteia no ar tem seu dia de aquietar-se no chão...

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