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Transcrevi todas estas blasphemias historicas, para que se veja com quanta razão dou graças a Deus de que a nossa lingua seja pouco conhecida, e o que se deve esperar de uma academia onde ha destes eruditos. Pús á vista de todos o corpo de delicto. Vamos ao auto. A serie dos imperadores almoravides que resulta das precedentes passagens é a seguinte. Em que se funda o auctor?

Nos arabes vê-se que se encontra exactamente o contrario do que se no opusculo. Certamente o auctor descubriu essa deliciosa historia dos almoravides, que nos conta, nos escriptores christãos coevos ou quasi coevos. Sempre era gente que se confessava. Mouro e judeu mentem por officio. Vejamos: A chronica dos godos nas suas referencias aos imperadores almoravides: 1.^o Iussuf (batalha de Zalaka) 1085 ali

E n'esta parte, seja-me licito dizê-lo, nem v.. nem ninguem se encarregou de me refutar; porque, na verdade, seria um pouco difficil de admittir que houvesse centenas de milhares de sarracenos para virem combater em Ourique, quando os almoravides concentravam todas as forças em Africa, para salvarem o imperio da ultima ruina, exhaurindo a Hespanha de soldados, a ponto de abandonarem a heroica guarnição de uma praça como Aurelia ao seu triste destino.

Sabe o meu amigo o que isto faz lembrar? Faz lembrar o prégador que punha o barrete na borda do pulpito, encarregava-o do papel do diabo, e depois convencia-o á sua vontade. Vamos a outro exemplo. No opusculo mourisco affirma-se contra mim: Que os principes almoravides usaram do titulo de amir-el-muminin . A prova disto é curiosa, como tudo o mais.

Errei a chronologia, os nomes dos imperadores almoravides, tudo. Oh peccador de mim! vai o texto do nosso academico arabico: «Nada tem o facto de Ourique, succedido no reinado de Ali-Ben-Taxefin, com Aly-Ibn-Iussuf; porque este Aly-Ibn-Iussuf foi o primeiro imperador da dynastia dos morabethins e falleceu no anno 496 da Hegira, 1103 da era Christã...»

A posse de Toledo, e as victorias successivas de Affonso VI, atemorisaram Ibn-Abed, emir de Sevilha, e inspiraram-lhe a idéa de chamar de Africa os almoravides commandados por Abu-Yacub. Foram elles que no dia 23 de outubro de 1086 destroçaram na batalha de Zalaka junto a Badajoz os esquadrões do rei de Leão e de Castella.

Uma d'ellas é que chamo á serie dos imperadores almoravides dynastia lamtunense para explicar o apparecimento das mulheres no recontro de Ourique, e para taxar de covardes os mesmos almoravides. O auctor faz a mercê de dizer-me que o vocabulo lamtunense, ou antes almolatamenense, não serve para indicar covardia. Devéras? E eu que não caía em nada! Isto é incrivel, amigo redactor da Semana.

Isto não são citações falsas. Por ellas póde ver o meu amigo com quanta exacção eu escrevi ácerca dos almoravides, embora não fosse esse o objecto essencial do meu trabalho, e com quanta leveza foi escripto o opusculo sarraceno destinado a refutar-me. Não fica, porém, aqui o negocio.

Não o diz Abdel-halim; di-lo toda a gente; mas que tem o que fizeram os ommiadas com o que fizeram os almoravides? Isto, meu amigo, é incrivel! Ouçamos agora o sr. Gayangos: «Não consta da historia diz elle que Iussuf-Ibn-Tachfin ou algum dos seus successores tomasse nunca o titulo de Amiru-l-muminin, que era reservado para o khalifa, ou vigario do propheta no oriente.

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