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Todas as noites ia falar-lhe, recebido como da familia e sempre a encontrava encostada a uma pequenina mesa quadrada, um livro de versos na mão esquerda, marcando a pagina com o dedo, e em toda a sua gracil pessoinha um ar de alheiamento e de sonho, que o fazia estacar á entrada da sala, n'um extase de devoto. Que languidez, Virgem Santa!

Via o seu corpo magro e esbelto, a florescencia clara do rosto um pouco duro, o olhar indiferente. Era sempre assim. E, ensimesmando-se, a figura aparecia-lhe, como uma obsessão, para acentuar o alheiamento, atormental-o mais.

Por maneira que naquelle dia, á hora do silencio, quando acordou do seu alheiamento, e sentiu perto da sua cama como um frou-frou de sedas, muito pallida, muito magra, quasi cadaverica, ergueu-se na cama como se a movesse uma mola, e fixando na visitante os seus grandes olhos negros, disse-lhe como na vehemencia d'um delirio: Não é verdade, minha senhora, que a sociedade é infame quando a uns o superfluo, sem dar a todos o que é preciso?

E ao vel-a assim descuidada n'um grande ar de alheiamento e de sonho, toda a sua gracil pessoinha como que envolvida n'uma atmosphera de languidez quasi morbida, estacava á entrada da sala, como n'outro tempo, murmurando por entre dentes: Que desmazelo, meu Deus! Dio del oro, del mundo signor. Noite de festa.

No local do crime, procedeu com o mais completo alheiamento da gravidade das circumstancias. Subiu a escada do predio suspeito e teria ido até ao quarto de João Borges sem dar por coisa alguma, quando o Cyro lhe indicou o criminoso, que tambem caminhava em direcção ao aposento, placido, sorridente, com aquelle ar de desimportado que tão nitidamente o caracterisa.

Outros houve, em compensação, que, vendo mallogrados os esforços applicados ao 28 de janeiro, abandonaram definitivamente os trabalhos revolucionarios e foram surprehendidos pela proclamação da Republica n'um alheiamento completo da agitação politica.

A Constituição Brasileira, de 24 de fevereiro de 1891, foi o promotor principal desta reforma, que, a perdurar o alheiamento de Portugal ao progresso contemporaneo, parece destinada a precipitar o divorcio entre as duas civilizações. Agora, volvidos vinte annos sobre a quéda do imperio de D. Pedro II, não é licito a pessôas de são juizo admittir a possibilidade da restauração monarchica.

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