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Manhan opáca, envolta em bruma que algodoava a terra, fluctuando com um lento ondular, fluindo em frouxeis alvissimos como pennugem, esgarçando-se, diluindo-se em fumo tenue que se esvaía no ar silencioso. A espaços frondes boiavam, ramarias exciduas irrompiam. Ouvia-se o lentejo lacrimoso das folhas orvalhadas.
Iam acima chamar Júlia, calçar luvas que lhes resguardassem as mãos dos bafos da soalheira e do pó cáustico dos caminhos, e na suavidade maravilhosa da tarde, rindo, conversando, sensíveis ao mais fugidio eflúvio do ar ambiente, metiam pelos atalhos escorregando por entre sébes que as madre-silvas perfumavam, por azinhagas onde havia repouso e penumbra, por congostas que os ervaçais reverdeciam. A essa hora do dia, no delíquio da luz que principiava, tudo era gracioso, jovial. Dos casais disseminados pelas terras cultivadas, subiam colunas delgadas e direitas dum fumo branco, que algodoava o espaço. Nas eiras secava o milho, que lembrava pequeninas bolhas de sol cristalizado. Errantes, nas pastagens, os bois erguiam um instante a cabeça, para os ver passar, fitando-os com uns grandes olhos de infinita melancolia. Júlia que marchava
Palavra Do Dia