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E vós, ágoa, que regando, Os olhos his alegrando, Correi, que tambem meus olhos D'alegres estão manando. Ah pastora, em quem espero Poder viver descansado! Comtigo guardarei gado, Que ja eu sem ti não quero Nenhuma alteza d'estado. Diga o que quizer a gente, Tudo terei n'huma palha, Porque está claro e evidente Que não ha honra que valha Contra a vida descontente.

E então encarnei, por assim dizer, no pastor grandioso e asceta, na moleirinha octogenaria e sorridente, no cavador tragico, nos mendigos bíblicos, na mansidão dos bois arroteando os campos e nas lavarêdas d'oiro do castanheiro, aquecendo a velhice, alegrando a infancia, iluminando a choupana.

Vejo-te estar gastando em viva fragoa, E juntamente em lagrimas; vencendo A grã Sicilia em fogo, o Nilo em ágoa. Vejo que as tuas cabras, não querendo Gostar as verdes hervas, se emmagrecem, As tetas aos cabritos encolhendo. Os campos, que co'o tempo reverdecem, Os olhos alegrando descontentes, Em te vendo, parece, se entristecem.

E dizendo isto, cáiam mil e tantos Coriscos logo, serpenteando os ares, Que te acabem entre horridos espantos. Eis, clamarás então: santos altares, Valei, valei! porém mal acabando, Tornado em cinzas te verão ficares. Oh! quanto os teus, teus males alegrando Correndo logo em turba, o cofre abrindo, Vejo as mãos para os céos alevantando!

Não descança nem , nem mão, nem lingua; o sumptuoso lar arde em tres fógos; o forno se afogueia; a branca meza vai-se de loiça e vidros alegrando.

Quer a tempestade ruja fóra com indomavel fúria ameaçando prostrar as oliveiras tristes e a chuva fustigue e amarelleça as brancas e innocentes camelias do meu jardim; quer um sol claro e resplandecente e benefico paire no firmamento alegrando a natureza durante o dia, e á noite um docél azul marchetado de meigas estrellas se desenrole por sobre a minha fronte eu amo-te, óh! Natal!

Dos olhos, com que o sol escurecia, Levando a luz em lagrimas banhada, De si, do fado, e tempo magoada, Pondo os olhos no Ceo, assi dizia: Nasce, sereno sol, puro e luzente; Resplandece, purpurea e branca aurora, Qualquer alma alegrando descontente; Que a minha, sabe tu que desde agora Jamais na vida a podes ver contente, Nem tão triste nenhuma outra pastora.

Toda a explendida poesia Do ceo, da terra, e das flores, Quando mil cansões de amores Improvisa o rouxinol, Alegrando o mez de maio Desde os clarões do arreból Até que em doce desmaio Nas aguas se occulte o sol, Terá, sim, tem mais frescura, Mais vida e mais esplendor, Mas não tem tanta ternura, Nem respira tanto amor!

N'uma dessas manhãs justamente na vespera do meu regresso a Guiães , o tempo, que andára pela serra tão alegre, n'um inalterado riso de luz rutilante, todo vestido d'azul e ouro, fazendo poeira pelos caminhos, e alegrando toda a natureza, desde os passaros até os regatos, subitamente, com uma d'aquellas mudanças que tornam o seu temperamento tão semelhante ao do homem, appareceu triste, carrancudo, todo embrulhado no seu manto cinzento, com uma tristeza tão pesada e contagiosa que toda a serra entristeceu.

Quando vemos que sahe no Oriente O sol, seu curso antigo começando, Formoso, intenso, puro, refulgente, O monte, o campo, o mar, tudo alegrando; Quando de nós s'esconde no Ponente, E em outras terras sahe, allumiando, Sempre, em quanto vai dando ao mundo giro, Chórão por ti meus olhos, e eu suspiro.