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Ó seculo de ferro! ó geração escrava! que ouves Satan ladrar na noute do Evangelho, no teu sollo do Mal, sobre teu sollo em lava, cae a agua do ceu como n'um poço velho! Sim a agua do ceu que faz viver a flôr mal que no poço cae transforma-se na lama! Ó seculo de ferro, ó seculo de horror, que fazes tu da Voz, que em teu deserto clama? Que fazes tu da Voz que ouço passar nos ventos, prégando a Negação, n'um funebre arrepio, que ouço clamar na noute em uivos e em lamentos como um ladrar feroz de ruivo cão sombrio? Que fazes tu da Voz dos teus prophetas santos que dão prantos de sangue ás tuas vexações, e do carro de fogo arrojam os seus mantos que arrastam á Revolta o mar das multidões? Que fazes tu? Tu ris! Tu vaes como a rameira vender teu deus, teu ceu, tua honra ao lupanar. A Justiça tornou-se em velha alcoviteira. A Egreja ri na orgia, e Christo deixa o Altar! O Desespero crú esparge o seu veneno na taça d'ouro e onyx das jovens illusões. O Odio faz ouvir o seu terrivel threno. O Mal com a tenaz aperta os corações! A virginal Poesia, a virgem d'alvas vestes ergue aos ceus suas mãos, brancas como o alabastro. Traz a Lyra na mão vestida de cyprestes. Seu santo coração flameja como um astro! ella faz ouvir n'um seculo corrupto sua Lyra de bronze ao temporal da Sorte! ella faz ouvir seu alaúde em luto que notas crueis de Maldição e Morte.

E, regaladamente, desenrolou a historia lamentavel. O Snr. André Cavalleiro namoradissimo, todo em chammas pela irmã mais velha do Noronha. E atacando a rapariga com ramos, cartas, versos, estropidos cada manhã por deante da janella, a ladear na pileca! Até lhe soltára, ao que parece, uma velha marafona, uma alcoviteira... E a rapariga, um anjo cheio de dignidade, impassivel.

E mandou logo el-rei queimar a alcoviteira, e ao almirante, Lançarote Pessanho, mandava cortar a cabeça. E pero os do seu conselho trabalhassem muito por o livrar de sua sanha, nunca o puderam com elle postar, emtanto que o almirante fugiu, e foi amorado, e partiu d'elle por longos tempos, perdidas suas contias e todo seu bem fazer e officio.

Isto fez chegar ao cumulo a irritação e cólera do apaixonado e ciumento africano, o qual, julgando que a serva encobria Desdemona e que, por tanto, fazia causa commum contra elle para atraiçoar o seu amor e lançar inextinguivel mancha no seu nome, acabou por insultar furiosamente Emilia, expulsando-a do aposento com terriveis ameaças e promettendo-lhe que não tardariam em se arrepender do que elle chamava infame conducta de alcoviteira e encobridora.

Mas vai tel-os agora, e bom é que ella não saiba o que vou communicar-lhe. Fóra com a alcoviteira! exclamou a criada do interior mez para ella!... Olha o estafermo que me apparece em jejum!... Esta sua criada, minha senhora, é bem pouco caritativa com os desgraçados, e v. s.ª não é melhor que ella, pelo que vejo... Está bom! atalhou irada D. Rosa Eu não admitto reflexões!

Ah! mas certamente o desejava para marido, por que se o appetecesse para amante não se soccorria dos serviços da D. Maria Mendonça nem a prima Maria, apesar de tão sabuja com as amigas ricas, os prestaria assim descaradamente como uma alcoviteira de Comedia! E caramba! casar com a D. Anna não! E subitamente anciou por conhecer a vida da D. Anna!

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