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Fez-se mais pensativo que nunca no decurso de tres dias, durante os quaes algumas vezes lhe chegára aos ouvidos o leve rir descuidado da aiasinha.

N'esse dia era-lhe permittido vibrar livremente a sonoridade metallica da sua voz. Riu alegremente, e desappareceu por entre os alegretes com o rapido deslisar das deusas do paganismo. E as brancas nymphas de loiça, e os sarcasticos satyrosinhos de marmore, que se alapavam entre a verdura do jardim, pareciam dizer á veloz aiasinha n'uma longa resonancia: Viva, Galathea!

Então, a sua alma podia voejar desopprimida de receios, e subir em extasis para Deus ou roçar por ventura as suas azas, purificadas no chrysol da , pelas austeras paredes do mosteiro de Jesus, onde vivia a que fôra a gentil aiasinha de D. Izabel.

Facil lhes foi correr com a memoria as breves paginas da brevissima mocidade de Agostinho Pimenta, e o associarem a gentil aiasinha da infanta D. Izabel á inicial entalhada nas arvores de Cintra. Uma pessoa podia aclarar a verdade. No convento de Jesus estava recolhida desde a morte da infanta D. Izabel uma senhora que podia dar noticia da gentil aiasinha dos dezesete annos.

Delimitando os extremos d'esta sociedade espessamente taciturna e aborrida, duas creanças quasi de egual idade, posto que de genios differentes, Branca de Noronha e Agostinho Pimenta. Quem dera ás duas irmãs de D. Duarte o poderem espanejar-se, ainda que tambem a medo, como a lepida aiasinha Branca!

A gentil aiasinha da infanta D. Izabel envelhecera reclusa no convento de Setubal. Era como que um livro que elle fechára ao vestir o habito, mas que o seu coração encadernára no pergaminho da saudade, como que para durar sempre.

E despedia n'uma graciosa corrida, atabafando com a mão delicada o seu metallico rir senhoril. Tantas vezes se repetiu a amavel zombaria da formosa aiasinha da infanta, que o moço Agostinho Pimenta resolveu aproveitar um d'estes frequentes episodios para dizer-lhe: Não graceje, Dona Branca, que póde vir a converter-se em realidade o que nos seus labios é zombaria.

Primava entre as damas de mais peregrinas graças a tréfega aiasinha Branca. Não a perdia de vista Agostinho Pimenta quando glosava, com o sabor religioso que a sua posição exigia, este mote que lhe dera a infanta D. Catharina: Antre as cousas mais formosas Busca a mais formosa d'ellas; Mais que o sol, lua, e estrellas, Mais que lirios, e que rosas.

Durante o noviciado, que principiou em 1560, Agostinho Pimenta parecia por vezes entrever nas suas visões monasticas a formosa imagem da aiasinha da infanta, e então era o descer da serra de Cintra e vir em cata d'essa visão, que o podia salvar antes que as portas do conventinho de Santa Cruz se fechassem eternamente sobre elle.

A travêssa aiasinha, attentando no habito de Agostinho, respondeu com um sorriso desdenhoso, e, ao curvar-se para mesurar o costumado Deo gratias, Padre Frei Agostinho, a contracção do seio fez com que se despenhasse á agua do lago a rosa branca radiada de filamentos purpurinos, que D. Antonio lhe dera, e ella occultára no peito. Não se prendeu a aiasinha com a contrariedade.