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Não vos pois isso pena, Ter assim a côr morena: Minha mãi mandou-me pôr, Por culpa de meus irmãos, De guarda á vinha, o calor Queimou-me o rosto e as mãos: E eu, a vinha, é escusado Dizer-vos que nem eu tinha Senão agora o cuidado De estar a guardar a vinha. Ah! para que banda vás Com o gado, meus amores! E pela folga onde estás! Bem vês os outros pastores, E a gente não adivinha.

Acudiu Pires: Eu que digo isto é porque sei o que v. exc.ª é para Jorge. Respondo gravemente ás suas facecias adoraveis. Sei que as virtudes de v. exc.ª... V. s.ª conhece-me? perguntou Silvina de golpe, e formalisada. Não tenho essa honra, minha senhora. Quem lhe disse que ha em mim virtudes? Rosto angelico e véo translucido: homem experimentado adivinha o coração do anjo.

Não foram os adultos que mudaram moralmente, porque o thema de suas conversações continua a ser o mesmo, para os homens a politica, para as senhoras as modas e as criadas: quem mudou foram as creanças. Lembro-me muito bem de algumas adivinhações que então nos entretinham, pela maior parte difficilimas, exemplo: Serra na cabeça, Foucinha no rabo. Adivinha, tolo, Que é gallo.

Entrei em casa depois de meia noite, e toda essa fantasmagoria vôou, como as mutações á vista nas antigas peças de theatro. Veja se adivinha como. Não alcanço... Considerei, no momento de despir o collete, que o amor podia acabar depressa; tem-se visto algumas vezes. Ao descalçar as botas, lembrou-me cousa peior: podia ficar o fastio.

Passaram no ar duas borboletas brancas, uma atraz da outra, e pelas ervas andavam gafanhotos aos saltos. Eu pensava em muita coisa junta e cantarolava baixinho uma cantiga, que tinha ouvido de longe, n'um baile da véspera: Qual a distancia e a lonjura Onde o sentido caminha, Onde é que elle vai parar, Isso ninguem adivinha. Ora os versos que eu cantava, a burra tambem os sabia.

Porque olhava o cego para o céo? Tornou o gallo a cantar. Ouvi-o, ao longe, mais alegre, como quem adivinha a madrugada. Ha quanto tempo estava eu ali? Porque olhava para aquella trapeira? Encaminhei-me vagarosamente para casa.

Tu voltarás a ser o que foste, E não, não cuides que é illusão minha, Pois nenhuma tenho a que me encoste! Não sei quê dentro em mim m'o adivinha Não sei que voz m'o diz de que eu mais goste. E bem no sabes de bem longe: os Poetas Não se enganam são bruxos, são Prophetas!

D. Maria Telles faz suas objecções: a caverna do referido solitario ou homem dos mysterios tem nomeada: ninguem se atreve a chegar perto d'ella: a isto acode o poeta, com dizer que todos esses medos são sandices do vulgo, e que por certos barruntos que elle tem, adivinha que o solitario é pessoa de porte e de bondade.

Não vos pois isso pena Ter assim a côr morena: Minha mãe mandou-me pôr, Por culpa de meus irmãos, De guarda á vinha; o calor Queimou-me o rosto e as mãos E eu, a vinha, é escusado Dizer-vos que nem eu tinha Senão agora o cuidado De estar a guardar a vinha. Oh! para que banda vás Com o gado, meus amores! E pela folga onde estás? Bem vês os outros pastores, E a gente não adivinha.

Nem um leve Riso vago de estrela se adivinha... Sómente as grossas lagrimas da chuva Escorrem pela face do Silencio... Piedade, noite negra! Não me beijes Com esses labios mortos de Phantasma! Ó Sol, vem alumiar a minha dôr Que, perdida na sombra, se dilata E mais profundamente se enraiza Nesta carne a sangrar que é a minha alma! Ilumina-te, ó Noite! Ó Vento, cála-te!