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E no Maio d'este anno de mil e quatrocentos cincoenta e tres, o Gram Turco chamado Mafamede tomou por cerco a nobre cidade de Constantinopola em Grecia, cabeça do imperio no Oriente, e a cidade de Pera com muitos outros reinos e provincias de christãos de Europa e Asia, sendo Papa na Santa Egreja de Roma Nicolau sexto, que de muito velho e anojado do caso a que quizera prover, logo falleceu e sobcedeu em seu lugar o Papa Calisto terceiro, de nação valenceano, em virtudes, saber, e esforço homem mui singular, e com a dôr da perdição d'aquellas cidades e terras, e aceso em um santo ardor de as cobrar, convocou e encitou para isso por seus breves e messegeiros todolos Reis e Principes christãos.

16 não defenderá somente os passos, Mas queimar-lhe-á lugares, templos, casas; Aceso de ira, o Cão, não vendo lassos Aqueles que as cidades fazem rasas, Fará que os seus, de vida pouco escassos, Cometam o Pacheco, que tem asas, Por dous passos num tempo; mas voando Dum noutro, tudo irá desbaratando.

54 Como vereis o mar fervendo aceso Colos incêndios dos vossos pelejando, Levando o Idololatra, e o Mouro preso, De nações diferentes triunfando. E sujeita a rica Áurea Quersoneso, Até ao longínquo China navegando, E as ilhas mais remotas do Oriente, Ser-lhe-á todo o Oceano obediente.

70 "Que estando na cidade, que cercara, Cercado nela foi dos Lioneses, Porque a conquista dela lhe tomara, De Lião sendo, e não dos Portugueses. A pertinácia aqui lhe custa cara, Assim como acontece muitas vezes, Que em ferros quebra as pernas, indo aceso A batalha, onde foi vencido e preso.

Ia não defenderâ ſomente os paſſos, Mas queimar lhe ha lugares, templos, caſas: Aceſo de yra o Cão, não vendo laſſos Aquelles que as cidades fazem raſas: Far

90 Insiste o Malabar em tê-lo preso, Se não manda chegar a terra a armada; Ele constante, e de ira nobre aceso, Os ameaços seus não teme nada; Que antes quer sobre si tomar o peso De quanto mal a vil malícia ousada Lhe andar armando, que pôr em ventura A frota de seu Rei, que tem segura.

O Deus creador das Trevas, contra o qual Sósinho, se ergue em mim, mas sem temor, O meu divino Sêr espiritual; Meu Sêr heroico acêso em puro amor! Sol comovido, ardente meio dia, Trespassando de luz a noite e a dôr! Meu Sêr, onde se muda em alegria A corporea tristêsa; onde a Materia Se faz alma perfeita de harmonia;

E sinto bem que a tua dôr, Como se fôra um beijo, acêso amôr, Vae-lhe aquecer, ao longe, a sepultura. Pelas tardes divinas, Quando a côr se dissolve em lagrimas doiradas, Eu vejo duas Sombras pequeninas, Andando de mãos dadas.

E como quer que El-Rei fosse induzido, que não ouvisse o conde e o mandasse ir fóra de sua côrte, poendo-lhe que em todas as culpas do Infante elle era muito culpado, porém porque El-Rei era de alto coração, aceso no ardor de autos cavalleirosos, suspirando para grandes emprezas, folgava muito de o ouvir, e começava dar-lhe de si muita parte e acolhimento, especialmente porque o Infante D. Anrique ante El-Rei muites vezes por cousas muito assinadas em que o vira, dizia por elle, que não sómente Portugal, mas Espanha toda se devia de haver por honrada criar tal cavalleiro.

Entregue ao entusiasmo das suas ocupações de proprietário rural, Nuno, em certas manhãs, abalava logo depois de almôço, de charuto aceso e uma côr de saúde na face máscula, para vigiar os trabalhos. Esta actividade nova tinha para êle um grato sabor. A princípio, Frederico acompanhava-o, interessando-se tambêm por uma lide que desconhecia.