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No berço, na infancia e na juventude das nações modernas a idéa predominante e caracteristica da vida social foi o pensamento religioso. E com razão. O christianismo era para essas épochas a civilisação, pelas doutrinas moraes; a força, pelo enthusiasmo da . Assim a religião determinou o accidental dos monumentos. Os templos foram os padrões postos á memoria dos individuos eminentes e dos successos gloriosos. O egoísmo tinha sido o sentimento que absorvera todos os sentimentos e idéas da vida decadente, ou antes do lento morrer do imperio, e por consequencia os seus monumentos haviam sido tambem essencialmente egoístas, isto é, essencialmente inúteis. Modificados pela idéa capital da sociedade os da idade média foram prolíficos e civilisadores: a cathedral e o mosteiro correspondiam como sýmbolo e como realidade á eschola moderna; como sýmbolo, porque a religião foi nessas eras quasi o único instrumento do progresso moral; como realidade, porque no mosteiro e na cathedral progrediu a intelligencia humana até que appareceu a imprensa. A utilidade social aggregou-se por esse modo á execução dos monumentos.

Se fizer isto a questão está acabada. Se o não podér fazer, demonstre ao menos que na hypothese actual as considerações que me fazem crêr, que uma eschola é o monumento mais proprio de D. Pedro, não são verdadeiras; que outras considerações mais exactas determinam que o accidental do monumento seja um obelisco ou uma columna; mas que essas considerações se apresentem sólidas, leaes, contrárias verdadeiramente ás minhas, e não traga argumentos como aquelle por onde termina a primeira parte do seu artigo, no qual querendo sustentar a these de que um monumento é um ponto de contacto entre a admiração e a gloria, diz que os dous monumentos do regicidio de D. José I, postos no logar do crime e do supplício provam contra mim, porque a columna e o templo podiam reunir-se num monumento, e a casa de Deus expressar duas idéas, a recordação dolorosa do delicto e o agradecimento á providencia, isto segundo a minha opinião.

Porque o mesmo lugar de Santarem, que contra a senhora D. Joanna foi o talho d'esta primeira crueza, se tornou a ser o principio d'esta sua vingança; porque o principe D. João depois de ser rei á vista da mesma excellente senhora, viu a subita e desastrosa morte do principe D. Affonso, seu filho, e a quem á primeira pareceu, que, sendo vivo, os reinos de Portugal sem os de Castella não bastariam, elle o viu logo morto, e de uma pouca de terra para sempre sujeito e contente, e a triste e innocente princeza sua mulher antes de bem casada se viu logo ser viuva, privada do verdadeiro titulo que tinha, e trocados os brocados ricos e hollandas delgadas que trazia, com pobre burel e grossa estopa em que foi logo vestida, nem ficaram por cortar seus cabellos dourados com accidental proposito de religião, sendo apartada das pessoas mais de sua conversação e servida por servidores alheios, comendo no chão e em vasos de barro, privada em todo de todo estado, entrando n'estes reinos esposada, coberta d'ouro e de preciosa pedraria, em cima de ricas facas e trotões á vista de todos.

Se procedessem de diversa maneira, o executivo, que tem o dever e o direito de exercer vigilancia sobre a ordem publica e sobre a execução das leis, teria o dever e o direito de os cohibir ou de os expulsar do paiz. Póde, porém, a existencia de lazaristas e de irmãs de caridade francesas em Portugal considerar-se como um facto accidental e temporario?

Quanlo á competencia das mulheres para entenderem os phenomenos meteorologicos, as theorias cosmogonicas e os problemas intrincados da philosophia, respondi-lhe que não era minha opinião dar tamanha latitude á instrucção feminina. que não fui eu que puz esta questão accidental; foi o meu amigo que a estabeleceu tambem accidentalmente.

Se é uma residencia accidental e temporaria, onde estão as vossas magnificas promessas de regeneração moral para esta terra, onde a educação para a infancia, a conversão para a degenerada mulher portuguesa, a luz para nós todos, povo de ignorantes, de impios, de barbaros?

Antonio Carlos não cogitou de responder aos compatricios, em desaccordo, aliás, com elles sobre uma clausula accidental da proposta e não sobre a sua substancia. Reconhecia que o submetter o commando das armas á administração local, assás poderosa pela confiança do povo, que a nomeara, parecia investil-a de jurisdicção exorbitante e por isso perigosa.

As tradições visigothicas, incarnadas na nossa sociedade nascente, embargaram que o feudalismo penetrasse na essencia d'esta, e apenas o deixaram passar incompleto no accidental das instituições: assim, entre nós os crimes, as tyrannias, as luctas civis, foram mais tenues, e antes filhas da barbaria que da feudalidade; mas em compensação faltou-nos o que nesta havia de boa organisação; faltou-nos essa vasta rede de obrigações mutuas, moraes e materiaes, entre os senhores e os vassallos por todos os gráus da complicada jerarchia feudal, que era um poderoso elemento de ordem no meio das trevas e da incerteza d'instituições e costumes.

Este uso caracteristico, mencionado no Estylo Romanico, conservou-se depois ainda nos paizes, como o nosso, onde a franco-maçonaria teve, quando muito, residencia accidental. Isto exposto, o perfil do seculo XIII póde desenhar-se em poucas palavras. O pensamento humano, activo e energico, procura conquistar a liberdade na esphera moral e politica.

Maria Peregrina! arriscou Edgar, sabes que commungo comtigo na admissibilidade do amor extravagante; mas parece-me que este amor deve ser accidental. Ámanhã, quando sahirmos do collegio, iremos todos cahir no amor vulgar; e, a falar verdade, supponho que sobretudo áquelles que têem talento isso convém. Pois não é certo que o amor extravagante nos degenera e gasta?